Nesta quarta-feira (12), a capital da Argentina, Buenos Aires, foi palco de uma tarde caótica quando uma manifestação, inicialmente organizada por aposentados, se transformou em um violento confronto entre militantes, torcida organizada e as forças de segurança. O fato aconteceu em frente ao Congresso Federal.
O protesto inicialmente tinha como objetivo reivindicar direitos previdenciários, contudo, rapidamente foi tomado por grupos militantes kirchneristas e torcedores organizados de clubes de futebol, resultando em destruição, confrontos e a prisão de mais de 30 pessoas.
Os manifestantes tentaram ultrapassar os bloqueios policiais instalados nas imediações do Parlamento argentino, momento em que a polícia utilizou gás lacrimogêneo e balas de borracha para conter os atos violentos, enquanto os grupos radicais responderam com pedras, paus e incêndios de barricadas. Um grupo de militantes também incendiou uma viatura da Polícia da Cidade de Buenos Aires e diversos contêineres de lixo, gerando uma espessa fumaça que dificultou a visibilidade e forçou comerciantes da região a fecharem suas portas.
O Ministério da Infraestrutura relatou bloqueios e transtornos também no transporte público. As autoridades policiais informaram que a ação resultou em 31 presos, onde seis pessoas foram presas pela Polícia de Buenos Aires e outras 25 foram detidas pela Polícia Federal.
Dois dos presos portavam armas de fogo, segundo o Ministério da Segurança. A ministra da pasta, Patricia Bullrich, prometeu punição rigorosa aos envolvidos nos atos de violência e os indivíduos identificados como membros de torcidas organizadas terão suas entradas proibidas em eventos esportivos em todo o país, a fim de impedir sua reincidência em distúrbios públicos.
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