Carolina Matta
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou que uma doença ainda desconhecida já matou 53 pessoas na República Democrática do Congo. A maioria das mortes aconteceu apenas 48 horas depois do início dos sintomas, o que fez com que a organização classificasse a situação como “uma ameaça significativa à saúde pública”.
Os especialistas ainda desconhecem a doença que causou o surto, que parece ter surgido em duas aldeias na província de Équateur. Entre os sintomas apresentados pelas pessoas que morreram estão febre alta e fortes dores de cabeça.
Conforme o escritório da OMS na África, desde janeiro foram reportados 431 casos de pessoas que apresentaram febre, vômito, diarreia, dores musculares, dores de cabeça e fadiga. Especialistas identificaram que o surto se deu na Vila Boloko, onde três crianças com menos de 5 anos morreram depois de supostamente ingerirem a carcaça de morcego.
As crianças morreram entre os dias 10 e 13 de janeiro, e além da febre, também apresentaram sangramento pelo nariz e vômito de sangue. Logo depois, outras quatro crianças da mesma região também morreram. No levantamento feito até 27 de janeiro, foram registrados 10 casos e sete mortos no Boloko, e dois casos e uma morte na Vila Danda.
Uma semana depois, as autoridades tomaram conhecimento de um segundo surto da doença na Vila da Bomate.
Testes
Os investigadores da OMS relataram o registro de 419 casos da doença na região, com 45 mortes. Eles coletaram 18 amostras em pessoas que foram infectadas pela doença e encaminharam para o Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica em Kinshasa, capital de Congo. Entretanto, os resultados deram negativo para febre hemorrágica, Ebola e Marburg.
Para os especialistas, a disseminação da doença é ainda maior por conta da região onde as pessoas foram infectadas serem remotas, o que limita o acesso a diagnósticos e tratamento.
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