As empresas Pfizer e BioNTech relataram nesta quinta-feira, 1º, que sua vacina contra covid-19 permanece altamente eficaz por pelo menos seis meses após a segunda dose ser administrada. As farmacêuticas disseram que a imunização também funciona contra a variante sul-africana do coronavírus Sars-CoV-2.
As descobertas vêm do acompanhamento dos mais de 46 mil voluntários que participaram da fase 3 dos testes clínicos da vacina. Entre eles, foram registrados 927 casos de covid-19 até o dia 13 de março, o que indica uma eficácia de 91,3%, calculada para o período entre sete dias e até seis meses após a segunda dose: 850 eram do grupo que recebeu placebo e 77 receberam a vacina.
De acordo com a nova análise, a vacina foi 95,3% eficaz em proteger contra a ocorrência de doença severa, conforme a definição de gravidade da agência de regulação de drogas dos Estados Unidos, a FDA. Do grupo avaliado, mais de 12 mil participantes vêm sendo acompanhandos por pelo menos seis meses após a segunda dose, reforçando o perfil de segurança do imunizante.
"É um passo importante para confirmar a alta eficácia e os bons dados de segurança até agora, especialmente no acompanhamento de longo prazo", disse o presidente-executivo da BioNTech da Alemanha, Ugur Sahin, na nota.
O estudo também mostrou que a vacina parece funcionar de maneira semelhante contra a variante do vírus detectada na África do Sul, onde essa cepa é majoritária e onde apresentou 100% de eficácia, embora em um grupo menor, com apenas 800 participantes.
"A alta eficácia da vacina observada por até seis meses após uma segunda dose e contra a variante prevalente na África do Sul oferece mais confiança na eficácia geral de nossa vacina", disse o CEO da Pfizer, Albert Bourla.
A vacina foi a primeira licenciada no Ocidente e é uma parte fundamental das campanhas de imunização que acontecem em grande parte do mundo.
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