A empresa farmacêutica norte-americana Pfizer anunciou nesta quinta-feira, 25, que começou os testes clínicos de sua vacina contra o coronavírus em crianças de 6 meses a 11 anos de idade, um passo crucial para obter permissão de agências reguladoras para começar a vacinar menores de idade e controlar a pandemia. Os primeiros participantes do ensaio clínico já receberam a dose inicial desta vacina, que foi desenvolvida pela Pfizer em conjunto com a BioNTech, da Alemanha.
A Pfizer, que assim se junta à americana Moderna para testar a vacina em menores, pretende nesta fase inicial do ensaio clínico ter 144 crianças, com as quais quer identificar a melhor dose para três grupos etários: entre 6 meses e 2 anos, entre 2 e 5 anos e entre 5 e 11 anos.
As crianças começarão a receber uma dose de 10 microgramas do soro para aumentá-la progressivamente, de acordo com a Pfizer, embora os participantes também tenham a opção de escolher a dose de 3 microgramas, em comparação com as duas doses de 30 microgramas que os adultos recebem. Na próxima fase, os pesquisadores analisarão a eficácia e segurança das doses selecionadas, em que alguns participantes receberão a vacina e outros o placebo.
"A Pfizer tem grande experiência na condução de testes clínicos de vacinas em crianças e bebês e está comprometida em melhorar a saúde e o bem-estar das crianças nesses testes cuidadosamente elaborados", explicou a empresa em um comunicado.
De acordo com especialistas, inocular crianças, que representam cerca de 20% da população dos Estados Unidos, é essencial para acabar com a pandemia do coronavírus, lembrando que o país dificilmente alcançará imunidade coletiva até que os menores também sejam vacinados.
A Moderna anunciou que iniciou os ensaios clínicos em menores de 12 anos no dia 16 de março, o que começou para adolescentes entre 12 e 17 anos em dezembro passado. Além disso, de acordo com o jornal New York Times, a Johnson & Johnson planeja testar sua vacina de dose única em bebês e recém-nascidos após testá-la em crianças mais velhas.
O anúncio da Pfizer ocorre dois dias depois que a empresa farmacêutica alegou ter iniciado as primeiras fases de um ensaio clínico de um medicamento oral que poderia ser usado após os primeiros sintomas de infecção por covid-19.
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