A vacina contra a covid-19 desenvolvida pela biotech chinesa Sinovac apresentou uma eficácia de 91,25% e a taxa pode aumentar a depender dos dados finais dos testes, informaram pesquisadores turcos nesta quinta-feira, 24. A Turquia é o segundo país a obter resultados da Coronavac. Nesta quarta-feira, 23, autoridades brasileiras disseram que a vacina atingiu o limiar da eficácia, mas os dados não foram divulgados.
Os pesquisadores turcos, integrantes de um conselho científico governamental, disseram que nenhum grande sintoma foi detectado durante os testes no país, com a exceção de uma pessoa que apresentou reação alérgica.
A Turquia havia acordado a aquisição de 50 milhões de doses da Coronavac até o dia 11 de dezembro, mas a entrega atrasou. O ministro da Saúde, Fahrettin Koca, disse que as vacinas chegarão ao país na próxima segunda-feira, 28, e serão usadas na imunização de 9 milhões de pessoas do primeiro grupo prioritário, começando por profissionais de saúde.
No Brasil, a taxa de eficácia da Coronavac ainda não é conhecida. Nesta quarta-feira, o governo de São Paulo e o Instituto Butantan, que desenvolve a vacina em parceria com a Sinovac, adiaram a divulgação pela quarta vez. As autoridades locais disseram que a vacina atingiu o mínimo de eficácia exigida, mas a porcentagem ainda não é conhecida publicamente.
O Instituto Butantan informou que a Sinovac requisitou os dados dos testes no Brasil para análises, com um novo prazo de 15 dias. Os testes de fase 3 da Coronavac eram realizados simultaneamente no Brasil, Turquia e Indonésia. Representantes do governo paulista argumentaram que os dados de eficácia verificados entre os voluntários brasileiros foram diferentes dos vistos nos outros países onde a vacina estava sendo testada.
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