O governo de São Paulo, administrado por João Doria, diz que pretende divulgar os dados sobre a eficácia da Coronavac, vacina desenvolvida em parceria entre o Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac, nesta quarta-feira, 23. Após a apresentação dos dados, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve receber os pedidos de uso emergencial e registro do imunizante.
O diretor do Instituto Butantã, Dimas Covas, e o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, vão apresentar as informações sobre a conclusão do estudo clínico às 16 horas. A informação foi confirmada pelo próprio governo paulista nesta terça-feira, com expectativa de anúncio de que a vacina é eficaz contra o coronavírus.
Com a eficácia comprovada e o pedido enviado à Anvisa, a agência estabeleceu dez dias para avaliação. De acordo com o governo, o Instituto Butantã já tem 3,12 milhões de doses da Coronavac prontas para uso imediato após a aprovação. A quantidade é suficiente para imunizar o primeiro grupo prioritário definido pelo Estado de São Paulo, formado por profissionais de saúde, indígenas e quilombolas, num total de 1,5 milhão de pessoas. A vacina é aplicada em duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas.
Também foi confirmado pelo governador João Doria que o Estado vai receber mais 5,5 milhões de doses do imunizante na quinta-feira, 24, véspera de Natal. De acordo com o governo, será o maior carregamento de vacinas já recebido pela América Latina e novos lotes já estão agendados. Serão 400 mil doses no dia 28 e mais 1,6 milhão no dia 30.
Considerando o que já está armazenados no Butantã, Doria esperar somar cerca de 10,8 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus até o dia 30 de dezembro. Já a expectativa do Ministério da Saúde é que, nos próximos meses, o País tenha acesso a 46 milhões de doses do imunizante, das quais 9 milhões seriam entregues em janeiro, 15 milhões em fevereiro e 22 milhões em março de 2021.
A fábrica da farmacêutica Sinovac na China, onde é produzida a matéria-prima da Coronavac, já recebeu a certificação de boas práticas da Anvisa. A etapa é um dos pré-requisitos para o registro da vacina e um pedido de autorização. De acordo com a própria agência, a certificação dada na última segunda-feira foi concedida cerca de dez dias antes do prazo previsto inicialmente.
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