O delegado Rivaldo Barbosa, preso pela suspeita de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco, é o 4º quarto chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro preso por participação em algum tipo de crime nos últimos 15 anos. Além dele, também foram presos Álvaro Lins, Ricardo Hallak e Allan Turnowski.
O delegado foi preso no domingo (24) e de acordo com a investigação da Polícia Federal, ele é suspeito de planejar o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes e juntamente com o chefe da investigação no Rio, Giniton Lages, impedir que as investigações chegassem ao nome dos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão. Eles negam o envolvimento nos crimes.
Rivaldo Barbosa assumiu a chefia da Polícia Civil na véspera do atentado contra Marielle, em 13 de março de 2018, nomeado pelo então interventor federal da Segurança Pública do Rio de Janeiro, o general Walter Braga Netto. Ele permaneceu no cargo até 31 de dezembro do mesmo ano.
Álvaro Lins
Álvaro Lins foi outro ex-chefe da Polícia Civil que enfrentou acusações de envolvimento em crimes. O delegado ocupava o cargo durante o governo de Anthony Garotinho (1999-2002). Ele foi preso em flagrante, em 2008. Segundo a Polícia Federal PF, ele teria recebido suborno do crime organizado e, com este dinheiro, comprado o apartamento onde vivia, possibilitando o flagrante.
Lins foi condenado a 28 anos de prisão, mas foi solto em 2009.
Ricardo Hallak
Ainda 2008, Ricardo Hallak foi preso pela Polícia Federal. O delegado foi acusado de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, em crimes que foram cometidos no período em que ele chefiou a Polícia Civil do Estado em 2006, no governo de Rosinha Garotinho.
Segundo a denúncia, o delegado fazia parte de uma organização criminosa voltada para a exploração do jogo do bicho na cidade do Rio de Janeiro, na qual também estariam envolvidos o ex-governador Anthony Garotinho e o ex-chefe da Polícia Civil e ex-deputado estadual Álvaro Lins.
Ricardo Hallak foi condenado a cinco anos e nove meses de reclusão por corrupção passiva. Após recorrer da decisão, o TRF-2 reduziu a pena para quatro anos e seis meses de reclusão. Homem morreu em 2023, após um acidente vascular cerebral.
Allan Turnowski
Allan Turnowski foi preso em 2022 pelo Ministério Público do Rio de Janeiro sob suspeita de envolvimento com uma organização criminosa e participação com o jogo do bicho. Ele era secretário da Polícia Civil do RJ, sob a gestão de Cláudio Castro (PL), mas deixou o cargo naquele ano para se candidatar a uma vaga de deputado federal pelo PL.
Segundo a investigação, ele recebia propina do jogo do bicho e estaria envolvido em um plano para assassinar o bicheiro Rogério Andrade. Porém, menos de um mês depois, ele foi solto mediante medidas cautelares - como não acessar repartições da polícia. A investigação do caso segue em andamento pelo Ministério Público do Rio. Ele se declara inocente das acusações.
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