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Veja quem são os presos suspeitos de mandar matar Marielle Franco

Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil do RJ, Rivaldo Barbosa foram presos.

A Polícia Federal realizou a prisão dos três suspeitos de mandar matar a vereadora Marielle Franco em 2018 neste domingo (24). Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, conselheiro do TCE-RJ e deputado federal do RJ, respectivamente, além de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, foram delatados pelo autor do crime, Ronnie Lessa.

A prisão faz parte da Operação Murder, que investiga o assassinato da vereadora do PSOL e de seu motorista, Anderson Gomes. Mas afinal, quem são os apontados como responsáveis por encomendar o assassinato da vereadora Marielle Franco?


Foto: Reprodução/XSuspeitos de mandar matar a vereadora Marielle Franco
Suspeitos de mandar matar a vereadora Marielle Franco

Domingos e Chiquinho Brazão são nomes conhecidos no âmbito político do Rio de Janeiro. A família possui reduto eleitoral e político em Jacarepaguá, na zona oeste do RJ, região que é dominada por milicianos que exploram empreendimentos imobiliários ilegais. De acordo com a PF, o assassinato foi encomendado pois a vereadora e o Psol era contra projeto de lei que regularizava os condomínios na zona oeste.

Domingos Brazão

Domingos Brazão, 58 anos, é ex-deputado estadual e atualmente conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do RJ, além de ser empresário do ramo de combustíveis. O político possui base dos eleitores na zona oeste, berço dos milicianos. Domingos venceu a sua primeira eleição em 1996, como vereador. Em sua participação na política, ele compôs partidos como PL, PT e MDB.

Como deputado estadual, Domingos Brazão teve cinco mandatos, tendo que interromper o último em 2015, ao ser eleito conselheiro do TCE-RJ. Em 2007, Brazão foi incluído na CPI das Milícias da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Quando ainda atuava na Alerj, Domingos Brazão foi afastado do cargo por conta de denúncias de compra de votos, mas foi retornou após liminar do STF. Domingos Brazão teve também arquivada uma queixa-crime da deputada estadual Cidinha Campos, onde ambos trocaram insultos e palavrões na Alerj.

Brazão também foi réu em 2017 em um processo de abuso de poder econômico e compra votos através de centros sociais da sua família na zona oeste do RJ. A escolha de Domingos para o TCE foi questionada por ele não ter apresentado as certidões cíveis, criminais e eleitorais.

Em 2017, Domingos Brazão foi preso temporariamente junto a outros quatro conselheiros do TCE, na Operação Lava Jato no RJ. Atualmente, ele ainda responde por suspeita de integrar esquema criminoso composto por membros do Tribunal de Contas.

O até então deputado foi acusado de assassinato, que já admitiu ter cometido, mas foi absolvido. "Matei, sim, uma pessoa. Mas isso tem mais de 30 anos, quando eu tinha 22 anos. Foi um marginal que tinha ido à minha casa, no dia do meu aniversário. A Justiça me deu razão”, declarou.

Chiquinho Brazão

Chiquinho Brazão, 62 anos, é deputado federal do União Brasil e já chegou a ser secretário especial de Ação Comunitária da Prefeitura do Rio de Janeiro. Ele deixou o cargo ao ter o nome de sua família envolvido na delação do ex-policial militar Elcio Quiroz, preso acusado de ter dirigido o carro do assassino de Marielle e Anderson.

Anteriormente, Chiquinho não foi citado em momento algum no caso Marielle. Além disso, o político alegou ter tido um bom convívio com a vereadora.

Rivaldo Barbosa

O ex-chefe da Polícia Civil do RJ, Rivaldo Barbosa, foi empossado no cargo um dia antes do assassinato de Marielle Franco, no dia 13 de março de 2018. Atualmente, ele está sendo investigado pela PF por obstrução de investigação. Ele também teria garantido a impunidade dos autores do assassinato da vereadora.

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