Agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) fluminense prenderam na quarta-feira, 19, uma mulher e um homem suspeitos da morte do motorista de aplicativo Alberto de Oliveira Gomes. Os acusados são a viúva de Alberto e um pai de santo, que teriam arquitetado a morte do profissional. O objetivo dos supostos criminosos seria receber duas apólices de seguro no valor de R$ 300 mil cada uma. A dupla responderá pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Gomes, que dirigia para o Uber, ficou desaparecido por uma semana, e seu corpo foi encontrado no dia 4 em uma área de mata no Alto da Boa Vista. Foi a própria viúva, Andreia Ramos Cortes, quem comunicou o desaparecimento dele à polícia. Na ocasião, a mulher foi ouvida na delegacia e relatou que o marido havia saído para trabalhar, mas não retornou para casa.
O casal morava em Mesquita, na Baixada Fluminense. No depoimento, a mulher também declarou que havia contratado dois homens – que não foram identificados – para procurar o marido. Ainda segundo seu relato, após eles terem encontrado o corpo, ela acionou a Polícia Militar.
A partir daí, o caso passou a ser investigado pela DHC. Os agentes ouviram familiares da vítima. Os filhos de Alberto contaram que o pai e a madrasta mantinham um relacionamento conturbado havia quatro anos.
Testemunhas também relataram à polícia que viram a mulher com o marido no dia em que ele desapareceu, e justamente no local onde o corpo foi encontrado. Imagens de câmeras instaladas na região também mostram a mulher no Alto da Boa Vista.
O pai de santo que foi preso é amigo da mulher. Em depoimento, ele informou que estava com ela no dia do desaparecimento. A polícia também identificou ligações telefônicas entre os dois, que sugerem que ambos arquitetaram o crime.
A viúva era a única beneficiária das duas apólices de seguro em nome de Alberto. O Estadão não conseguiu contato com a defesa de Andreia.
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