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Rio de Janeiro - Rio de Janeiro

Viúva acusada de matar marido por seguro de R$ 600 mil é presa no RJ

Corpo de Alberto de Oliveira Gomes foi encontrado na quarta, 14, em uma área de mata.

Agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) fluminense prenderam na quarta-feira, 19, uma mulher e um homem suspeitos da morte do motorista de aplicativo Alberto de Oliveira Gomes. Os acusados são a viúva de Alberto e um pai de santo, que teriam arquitetado a morte do profissional. O objetivo dos supostos criminosos seria receber duas apólices de seguro no valor de R$ 300 mil cada uma. A dupla responderá pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Gomes, que dirigia para o Uber, ficou desaparecido por uma semana, e seu corpo foi encontrado no dia 4 em uma área de mata no Alto da Boa Vista. Foi a própria viúva, Andreia Ramos Cortes, quem comunicou o desaparecimento dele à polícia. Na ocasião, a mulher foi ouvida na delegacia e relatou que o marido havia saído para trabalhar, mas não retornou para casa.


O casal morava em Mesquita, na Baixada Fluminense. No depoimento, a mulher também declarou que havia contratado dois homens – que não foram identificados – para procurar o marido. Ainda segundo seu relato, após eles terem encontrado o corpo, ela acionou a Polícia Militar.

A partir daí, o caso passou a ser investigado pela DHC. Os agentes ouviram familiares da vítima. Os filhos de Alberto contaram que o pai e a madrasta mantinham um relacionamento conturbado havia quatro anos.

Testemunhas também relataram à polícia que viram a mulher com o marido no dia em que ele desapareceu, e justamente no local onde o corpo foi encontrado. Imagens de câmeras instaladas na região também mostram a mulher no Alto da Boa Vista.

O pai de santo que foi preso é amigo da mulher. Em depoimento, ele informou que estava com ela no dia do desaparecimento. A polícia também identificou ligações telefônicas entre os dois, que sugerem que ambos arquitetaram o crime.

A viúva era a única beneficiária das duas apólices de seguro em nome de Alberto. O Estadão não conseguiu contato com a defesa de Andreia.

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