O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) iniciou algumas conversas para realizar uma possível fusão com o Partido Social Democrático (PSD), que é presidido por Gilberto Kassab. Nas últimas eleições ele conquistou a maior quantidade de prefeituras, 887 no total.
Recentemente, o presidente do PSDB paulista, Paulo Serra, esteve com Kassab para discutir alternativas para salvar o legado da sigla, que já ocupou a presidência da República com Fernando Henrique Cardoso, além disso esteve no domínio de São Paulo por quase 30 anos.
“Tivemos uma boa conversa e essa questão da fusão do PSDB com o PSD está avançando bastante. Nós precisamos crescer e a fusão, incorporação ou federação podem ser alternativas”, disse em entrevista ao Estadão.
Apesar disso, as negociações podem apresentar barreiras, pela posição do PSD no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em que ocupa três ministérios e planeja mais pastas na próxima reforma ministerial: André de Paula (Pesca), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária).
O governo analisa como vai ampliar a participação dos partidos da base para evitar que lancem candidatos próprios na sucessão presidencial de 2026. Os partidos MDB e o União Brasil, que têm alas favoráveis a um desembarque da “frente ampla” do presidente Lula, também estão na mira.
O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo já reconheceu as divisões internas sobre o futuro da sigla. A situação do partido ficou evidente após a saída de figuras-chave, como Geraldo Alckmin, que migrou para o PSB e hoje é vice-presidente.
Nas últimas eleições municipais, o PSDB não conseguiu eleger vereadores em São Paulo ou Belo Horizonte, os principais colégios eleitorais do país.
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