O presidente Lula (PT) iniciou conversas com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre a possibilidade de nomeá-los ministros do governo, conforme noticiou a colunista do UOL, Andreza Matais. As primeiras discussões ocorreram na semana passada, em reuniões individuais, e novas rodadas de conversas estão previstas para os próximos dias.
A nomeação de Lira e Pacheco para ministérios faz parte de uma estratégia política. No caso de Lira, a medida ajudaria a neutralizar o senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos principais opositores do governo. Já Pacheco, do PSD, partido de Gilberto Kassab, é visto como um movimento para fortalecer alianças políticas, especialmente com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, potencial candidato da direita em 2026.
As eleições presidenciais de 2026 também influenciam os acordos para a sucessão na Câmara e no Senado. Lula considera apoiar Elmar Nascimento (BA) e Davi Alcolumbre (PA) em troca do apoio do União Brasil, terceiro maior partido do país, em seu palanque. O União Brasil cogita lançar o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, como candidato à presidência.
Nas negociações, o deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP) pode ser indicado para uma vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), contemplando os evangélicos.
A próxima vaga no TCU será aberta em fevereiro de 2026, mas há a possibilidade de antecipar a saída de um ministro, como ocorreu com José Múcio Monteiro, que se tornou ministro da Defesa. Com Pacheco como ministro, o PSD pode retirar Antonio Brito (BA) da disputa pelo comando da Câmara.
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