O presidente Lula (PT) tem tido uma quebra de braço para emplacar aliados no comando das estatais cobiçadas por União Brasil, MDB e PSD e interferiu na escolha dos presidentes dos Correios, Trensurb (Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A.), Banco do Nordeste e Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), órgãos públicos vinculados a ministérios chefiados por esses três partidos.
A briga entre a Presidência da República e os ministros tem atrasado as nomeações dos presidentes e diretores de algumas dessas estatais e o desfecho tem sido favorável aos nomes escolhidos por Lula. Situação que aconteceu nos Correios, onde o advogado Fabiano Silva, ligado ao PT e coordenador do Grupo Prerrogativas foi aprovado pelo Conselho de Administração dos Correios.
A nomeação do advogado demorou para acontecer porque o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, do União Brasil, queria emplacar um indicado dele, mas só cedeu porque se enfraqueceu após a publicação de reportagens sobre uso de verbas do orçamento secreto.
O governo vê os Correios como um órgão estratégico. Fabiano Silva terá como tarefa reestruturar o órgão e impedir qualquer tentativa de se levar adiante a privatização da estatal.
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