A taxa de pobreza no Piauí apresentou uma redução em 2023, atingindo 45,3% da população, o menor índice da série histórica iniciada em 2012. Apesar da melhora, a proporção ainda corresponde a cerca de 1,49 milhão de pessoas vivendo com menos de R$ 665,00 por mês, valor estabelecido pelo Banco Mundial como linha de pobreza. Em relação ao ano anterior, a redução foi de 2,9 pontos percentuais, enquanto, em comparação a 2012, quando o índice era de 55,4%, houve uma queda de 10,1 pontos percentuais. Os dados fazem parte de um estudo do IBGE.
No ranking nacional, o Piauí melhorou sua posição entre as unidades da federação com os maiores índices de pobreza, passando da 5ª colocação em 2012 para a 9ª em 2023. Em 2023, o estado ficou atrás de estados como Acre (51,5%), Maranhão (51,2%) e Ceará (48,7%), que lideraram os índices de pobreza no país. No lado oposto, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal registraram as menores proporções de pobreza, com índices de 11,5%, 14,4% e 15,4%, respectivamente.
Além da pobreza, o Piauí também registrou avanços no combate à extrema pobreza, definida como a situação de pessoas vivendo com menos de R$ 209,00 por mês. Em 2023, 8,1% da população piauiense estava nessa condição, representando cerca de 267.543 pessoas. O percentual é 3,5 pontos menor do que o de 2022 e 6,2 pontos inferior ao de 2012, quando 14,3% da população do estado vivia em extrema pobreza. Esses avanços colocaram o Piauí na 8ª posição entre os estados com os maiores índices de extrema pobreza, comparado à 4ª posição ocupada em 2012.
No Brasil, a taxa de pobreza também recuou em 2023, atingindo 27,4% da população, ou cerca de 51,7 milhões de pessoas, contra 31,6% em 2022. Desde o início da série histórica em 2012, o índice nacional caiu 7,3 pontos percentuais, quando 34,7% dos brasileiros estavam em situação de pobreza. A extrema pobreza no país, que era de 6,6% em 2012, também diminuiu, alcançando 4,4% da população em 2023. Os estados com os menores indicadores de extrema pobreza foram Rio Grande do Sul, Goiás e Santa Catarina, todos com índices em torno de 1,3% a 1,4%.
Os dados, extraídos da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2024 do IBGE, se voltam para a importância de políticas públicas destinadas à redução da pobreza e extrema pobreza no Brasil. O levantamento, que utiliza a Paridade de Poder de Compra (PPC) do dólar americano para medir os rendimentos, fornece subsídios para o planejamento de ações sociais mais assertivas em todo o país.
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