A Procuradoria Eleitoral do Paraná pediu, nessa quinta-feira (14), a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil) acusado de abuso de poder econômico.
Segundo a ação, que é assinada pelos procuradores da República Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado, Moro cometeu abuso de poder econômico de pelo menos R$ 8 milhões, durante a pré-campanha eleitoral de 2022.
“Este contexto demonstra que os meios empregados para a realização de pré-campanha e os valores despendidos nesta empreitada em prol dos investigados mostrou-se, de fato, desarrazoada, assumindo contornos de uso excessivo do poderio econômico”, diz trecho do pedido.
Para os procuradores, a pré-campanha foi “abusiva” pela grande visibilidade gerada pelo alto investimento para promoção pessoal, em detrimento dos concorrentes do ex-juiz. “A projeção nacional de uma figura pública desempenha um papel crucial, mesmo em eleição a nível estadual, influenciando diversos aspectos do processo eleitoral”, afirmaram os autores da ação.
Moro se filiou ao Podemos em 2021 de olho na disputa presidencial, contudo, próximo do prazo final para trocas partidárias, no ano de 2022, o senador abandonou o Podemos, anunciando filiação à União Brasil e candidatura ao Senado Federal.
Por isso, os partidos opositores apontam que os gastos de pré-campanha, voltados inicialmente ao Planalto, se tornaram “desproporcionais” e “suprimiram as chances dos demais concorrentes” ao Senado no Paraná.
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