O senador de Goiás Jorge Kajuru (Cidadania) afirmou a Revista Oeste nesta segunda-feira (12) que não cometeu crime ao gravar um diálogo com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e divulgar o conteúdo da conversa.
Jair Bolsonaro criticou anteriormente o vazamento do áudio. “Eu fui gravado em uma conversa telefônica, está certo? A que ponto chegamos no Brasil. Gravado. Não é vazar. É te gravar. Gravação, só com autorização judicial. Gravar o presidente e divulgar… E outra, só para controle: falei mais coisa naquela conversa. Pode divulgar tudo, da minha parte”, disse o presidente a apoiadores no Palácio da Alvorada.
Na manhã desta segunda-feira (12), o senador de Goiás divulgou o restante do áudio da conversa com o presidente Bolsonaro. Na nova divulgação, Jair Bolsonaro falou sobre o senador Randolfe Rodrigues. “Se você [Kajuru] não participa [da CPI], a canalhada do Randolfe Rodrigues vai participar. E vai começar a encher o saco. Aí vou ter que sair na porrada com um b… desse”, disse Bolsonaro no áudio.O senador Kajuru rebateu as críticas feitas pelo presidente e esclareceu que em sua opinião não houve crime. “Eu não cometi crime nenhum, na minha opinião. Ouvi promotores, ouvi procuradores. Ninguém disse que eu cometi crime”, relatou o parlamentar.
“Já que o presidente pediu hoje cedo, eu coloquei a parte em que ele xingou os senadores de canalhada toda e xingou o Randolfe. Eu tinha tirado essa parte porque o Randolfe é meu amigo, meu ídolo, é especial, é meu irmão. Achei o presidente desrespeitoso com ele e com todos os senadores. Eu quis preservar os dois lados e não coloquei. Agora, hoje cedo ele pediu para colocar, eu coloquei”, detalhou Kajuru.
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