O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) entrou nesta sexta-feira, 17, com um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar anular a Operação Colosseum aberta contra ele dois dias atrás.
O argumento central da defesa é que Polícia Federal e Ministério Público Federal (MPF) deflagraram as buscas sem elementos indiciários e com base apenas na palavra de delatores da Odebrecht e da Queiroz Galvão. Os advogados também acusam ‘emprego midiático e político’ da operação a menos de um ano da eleição. Ciro é pré-candidato à presidência pelo PDT.
“Almejou-se criar uma narrativa política acerca de um fato inexistente, longínquo”, diz um trecho do documento. “Propiciar uma ambiência para propagação de fake news; obter uma descabida medida de invasão de domicílio, com apreensão de equipamentos sequer fabricados à época dos hipotéticos fatos; e promover um linchamento moral do paciente, com foco em estorvar suas perceptivas eleitorais”, segue a defesa.
A investigação, aberta em 2017, é sobre suspeitas de fraudes e pagamento de propinas a políticos e servidores públicos do Ceará nas obras do Estádio Castelão, em Fortaleza, entre 2010 e 2013. Outro ponto levantado pelo advogados de Ciro Gomes é que justamente a falar de contemporaneidade dos fatos em apuração.
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