O governo conseguiu manter a espinha dorsal da PEC dos precatórios, com a mudança no cálculo do teto de gastos e o adiamento de parte das dívidas judiciais que teriam de ser quitadas em 2022. A Câmara dos Deputados concluiu a votação do texto em primeiro turno e, com maior presença de parlamentares na casa, também deve aprovar em segundo turno.
Até mesmo lideranças contrárias à proposta admitem que o placar é favorável ao Palácio do Planalto. O maior desafio deve ser no Senado Federal, onde a PEC também precisa ser aprovada em dois turnos.
PEC dos precatórios libera R$ 91,6 bilhões de espaço no Orçamento de 2022 e é essencial para tirar do papel o Auxílio Brasil de R$ 400,00.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), segurou a votação para garantir que o número máximo de deputados desse o seu voto. Com um quórum maior, o governo teria mais segurança de que manteria no texto o recálculo do teto. Após a tensão, o placar de 316 a 174 permitiu ao governo respirar aliviado e projetar um placar favorável também para o segundo turno de votação.
“Estamos contando os votos, mas aprovaremos com folga maior do que no primeiro turno”, disse o líder do governo, Ricardo Barros (Progressistas-PR). Na semana passada, o governo teve apenas 312 votos, quatro a mais que o necessário para uma mudança constitucional.
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