Em entrevista na manhã desta quinta-feira (4) o secretário de Cultura, Fábio Novo (PT), criticou a aprovação da PEC dos Precatórios na Câmara dos Deputados. Ele acusou o Governo Federal de tentar dar um “calote” no povo, que tem direito a receber os precatórios.
A PEC é a principal aposta do Governo Federal para viabilizar o programa social Auxílio Brasil, que foi anunciado como sucessor do Bolsa Família. Fábio Novo criticou a criação do novo projeto em detrimento do Bolsa Família.
“O que se está fazendo é extinguindo um programa permanente de distribuição de renda [Bolsa Família] e abrindo um programa de assistência, que dá um valor maior que não será para todas as famílias do auxílio emergencial. Muita gente vai ficar de fora de um novo auxílio”, criticou Fábio Novo.
O secretário criticou o prazo do programa, que encerra em dezembro de 2022 e avaliou como sendo uma maneira eleitoreira de angariar votos para a eleição presidencial do próximo ano. Fábio Novo afirmou que o Governo Federal quer dar um calote.
“É um auxílio que nasce hoje e tem data para morrer, que é dezembro do próximo ano. É um auxílio pensando no ano eleitoral e para fazer esse auxílio, você está dando um calote nas dívidas que o Governo Federal tem para com as pessoas que deve”, continuou o secretário.
“Discurso falso”
“Esse é um discurso falso, as pessoas vão sentir lá no final de dezembro, porque vai ficar uma bomba para o próximo governo que assumir. Como vai ser o próximo auxílio emergencial? O que você deveria ter era reforçado o Bolsa Família, que é um programa permanente”, finalizou o petista.
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