O deputado João Mádison (MDB) afirmou nessa segunda-feira (20) que a mudança do governador Wellington Dias (PT) nos critérios para escolha de diretores dos hospitais regionais do Estado está causando um desconforto entre os aliados. Apesar disso, ele destacou que a intenção dos partidos não é colocar a “faca no pescoço” do governador.
O atrito na base começou porque circulou a informação que o governador teria mudado o critério para escolha de diretores dos hospitais regionais do Estado. Foi falado a princípio, que a quantidade de votos de cada parlamentar pesaria de maneira prioritária no momento das indicações, além claro, da fidelidade a Wellington Dias. Porém, nos últimos dias isso teria mudado, pois o governador estaria focando na indicação de nomes técnicos.
- Foto: Helio Alef/GP1João Mádison
João Mádison criticou o fato do PT ser beneficiado com essas indicações. “Todos sabemos que o problema dos hospitais está criando um certo desconforto na base, principalmente no nosso partido. Na vez passada, muitos desses hospitais foram indicados pelo próprio PT. No caso de Esperantina, o presidente Themístocles foi o mais votado, era normal que ele pudesse indicar. Em Corrente, eu fui o mais votado, o B. Sá em Oeiras, então isso não é só com o MDB. Então todos os partidos estão conversando com o governador, para que ele possa refletir, nós temos pessoas técnicas e competentes para assumirem esses hospitais”, disse o deputado.
Questionado se o PT tem interferido para conseguir mais cargos, o deputado disse que “não estou falando que há interferência, estou falando que na maioria dos hospitais que dizem que são para técnicos, mas são técnicos do PT que assumem esses hospitais. 80% deles são sempre do PT. Você não vê nenhum técnico sendo de outro partido”.
No domingo (19), o presidente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), Themístocles Filho (MDB) conversou com Wellington e destacou a insatisfação do partido sobre as indicações. Questionado se o partido não vai aceitar ficar sem os cargos, ele explicou que todos estão trabalhando para um acordo.
“Nós não podemos dizer que não vamos aceitar [a mudança], esse é um critério do governador, ninguém bota faca no pescoço do governador, ele é independente e faz o que quer. O que podemos fazer, estamos fazendo, é mostrando que também temos nomes técnicos se ele quiser. Estamos dialogando, o presidente Marcelo está sempre conversando com o governador e eu tenho certeza que no momento certo, o governador vai refletir e buscar um diálogo com os outros partidos. O presidente Themístocles esteve ontem com o governador e botou essa insatisfação”, destacou.
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