O deputado estadual piauiense, Wilson Brandão, disse que não concorda com a decisão da executiva nacional do PSB de “abandonar” a base do presidente da República Michel Temer (PMDB). Ele acredita que esta foi uma medida apressada e acabou gerando divergências internas.
“Eu discordo [com a saída do partido da base]. Acho que o PSB tomou uma decisão muito apressada, tanto que podemos citar outros partidos como o PSDB, o Democratas que ainda estão estudando o momento. O PSB tomou uma medida muito apressada, é tanto que dividiu o partido. Alguns de seus membros querem sair da base, mas outros não. Eu acho que o partido não foi suficientemente equilibrado para tomar uma decisão”, criticou o parlamentar.
- Foto: Lucas Dias/GP1Wilson Brandão
Durante uma breve análise dos prováveis caminhos para suavizar os efeitos das últimas denúncias que envolveram o chefe do Executivo brasileiro, Wilson Brandão recorreu ao bom sendo de Temer.
“É uma das alternativas [a renúncia]. Mas, o importante é que saia do consenso, que o presidente Temer tenha a consciência, pois se houve convulsão social, ele tem que ser brasileiro e renunciar ao mandato. Se a sociedade for às ruas exigindo isso dele, acho que ele tem que ser brasileiro o suficiente para renunciar ao mandato e devolver ao Brasil a estabilidade que precisamos”, sugeriu o parlamentar piauiense.
Delação
Na última quarta-feira (17) os brasileiros foram surpreendidos com a delação do empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo JBS que acusou Michel Temer de dar o aval para comprar o silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha (PMDB). A denúncias de Joesley também alcançaram o senador Aécio Neves (PSDB) que já foi afastado do cargo em virtude das acusações. O tucano foi gravado pedindo R$ 2 milhões ao empresário para custear as despesar de sua defesa na Operação Lava Jato.
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