Wellington Dias defende Lula e afirma que ele não cometeu crime

Na solenidade de posse dos seis gestores realizada na quinta-feira (11) no Palácio do Karnak, o governador Wellington Dias (PT) comentou sobre a sua participação em ato político realizado em Curitiba, no Paraná, após depoimento do ex-presidente Lula, para o juiz Sérgio Moro.

O governador Wellington Dias disse acreditar na inocência do ex-presidente e afirmou que o ato atraiu um grande grupo de pessoas que defendem Lula não somente por causa de seu trabalho pelo Brasil, mas principalmente porque acreditam que ele não cometeu um crime.

• Canal de Denúncias

“Aquilo [o depoimento] não é algo que interessa ao Lula ou ao Partido dos Trabalhadores, mas ao Brasil. Líderes de diversos partidos, como o PMDB, PSB, PCdoB, embaixadores, líderes e juristas foram lá, pois o que estava acontecendo tem haver com democracia. Não há nenhum crime praticado por Luis Inácio Lula da Silva. O ato não aconteceu porque ele foi presidente da república ou porque fez muito pelos brasileiros, mas porque não pode um brasileiro ser condenado por um crime que não cometeu”, defendeu.

• Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Wellington Dias no Karnak

O governador afirmou que após o ato político em Curitiba recebeu uma ligação de Lula agradecendo o apoio que recebeu dos piauienses e a sua felicidade ao fato de que pessoas de vários estados compareceram ao local.

“Eu já estava no avião indo para Salvador quando ele me ligou, agradecendo pela delegação do Piauí que ele encontrou e que gastaram 72h para ir a Curitiba dar o seu apoio. Foram pessoas de todo o Brasil, que fizeram uma ‘vaquinha’ para participar daquele momento. Mesmo distante, aqui no Nordeste, temos uma história de república de Curitiba, como se o Paraná aplaudisse aquelas coisas que estão acontecendo ali. Não é verdade, o que vimos também foi o povo do Paraná fazendo questão, por onde passávamos, dizendo que não tem nada dessa história de uma república que concorda com tudo que está acontecendo”, afirmou.

Wellington finalizou destacando sua preocupação de que o caso se torne um retrocesso ao Brasil. “Eu acredito no Brasil, acredito em um país democrático. Não foi fácil chegar, ao marco da Constituição de 1988. Foi duro, então não devemos dar nenhum passo para trás, sim para frente”, destacou o governador.