Machado terá que devolver R$ 75 milhões aos cofres públicos

O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que delatou ter repassado propina a mais de 20 políticos de diferentes partidos, entre eles, o deputado federal piauiense Heráclito Fortes (PSB), se comprometeu a devolver aos cofres públicos R$ 75 milhões que teria recebido de propina enquanto esteve a frente da estatal. Parte desse valor, R$ 10 milhões, deverá ser pago até o final deste mês, o restante até o final do ano que vem.
De acordo com o G1, o valor foi acertado na delação premiada fechada pelo executivo com o Ministério Público. Pelo acordo, Sério Machado pegará pena máxima de 20 anos quando for condenado, mas deve cumprir apenas 3 anos em prisão domiciliar.

Ele deverá permanecer exclusivamente em casa por 2 anos e 3 meses, após esse período, poderá sair para prestar serviços comunitários. Enquanto estiver em sua residência, Sérgio Machado apenas poderá receber visitas de advogados, profissionais da saúde e uma relação restrita de 27 amigos e familiares. Até fevereiro de 2018, Machado poderá se ausentar da residência somente em algumas datas especiais, como o Natal.

Em sua delação premiada, Machado também contou sobre pedidos de doações eleitorais de parlamentares de PMDB, PT, PP, DEM, PSDB e PC do B. "Embora a palavra propina não fosse dita, esses políticos sabiam, ao procurarem o depoente, que não obteriam dele doação com recursos do próprio, enquanto pessoa física, nem da Transpetro, e sim de empresas que tinham relacionamento contratual com a Transpetro", disse.

Uma lista divulgada pelo G1 mostra os valores que cada político teria recebido de doações oficiais ou não. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) foi o que recebeu a maior quantia, ultrapassando os R$ 32 milhões, o piauiense Heráclito Fortes teria recebido R$ 1 milhão.

Veja a lista a baixo: