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Wellington defende que juízes e promotores respondam por abuso

Wellington também considerou positiva a decisão de não legalizar o caixa 2 e acredita que as poucas medidas aprovadas pelos deputados federais já vão ajudar no combate a corrupção.

O governador Wellington Dias (PT), em entrevista ao GP1, considerou positiva a aprovação de algumas medidas do pacote anticorrupção e disse ser favorável a polêmica emenda referente a crime de responsabilidade a magistrados e membros do Ministério Público, que cometerem algum tipo de abuso de autoridade.

Para o chefe do executivo, a lei deve ser aplicada a todos os que cometerem irregularidades e que a situação não poderia ser diferente para os juízes e promotores que cometerem abuso de autoridade. Ele ainda destacou o fato de que o magistrado, quando comentem alguma irregularidade, normalmente a punição é a aposentadoria.


  • Foto: Lucas Dias/GP1Wellington DiasWellington Dias

“Eu defendo o que está na Constituição. Todos os brasileiros, homens ou mulheres são iguais perante a lei. Todos iguais. É a Constituição que diz. Como é que para uns o crime de abuso autoridade é uma pena de cadeia de no mínimo 10 anos e para outro é uma pena de 10 dias? Não tem cabimento. Acho que o povo tem que saber isso, o povo não está nem tendo noção de como está. Como é que para uns, quando comete o crime vai para a cadeia, perde emprego, não pode mais exercer cargo público, e para outros [o crime] é a aposentadoria? Acho que foi feita a coisa correta que é colocar o que está na Constituição, de que a regra para uma pessoa vale para outra, para qualquer autoridade”, disse o governador.

Wellington também considerou positiva a decisão de não legalizar o caixa 2 e acredita que as poucas medidas aprovadas pelos deputados federais já vão ajudar no combate a corrupção.

“Acho que o Congresso Nacional está correto em não aceitar a legalização de caixa 2. Isso é uma excrecência e que não pode ser permitida no Brasil. Aliás já se trabalhava e já está em vigor para não ter contribuição de uma pessoa jurídica, imagina uma empresa dar dinheiro para uma campanha e isso virar patrimônio de alguém. Isso é crime e tem que ser um crime grave na minha opinião. Acho que o Congresso deu passos importantes para garantir instrumentos para quem é juiz, promotor, agente de polícia, enfim, de qualquer área, poder agir no combate à corrupção”, finalizou.

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