O presidente da Funasa, Henrique Pires, afirmou que a PEC dos gastos públicos é positiva para o Brasil e destacou a necessidade de se investir mais na área da Saúde, do que em obras faraônicas.
Em entrevista ao GP1, na sexta-feira (2), o presidente da Funasa explicou que o país sofre com a quantidade de obras que são iniciadas, mas não são terminadas, por falta de recursos. Ele acredita que por isso, a PEC que cria um teto para os gastos públicos irá a ajudar nesse sentido.
- Foto: Lucas Dias/GP1Henrique Pires, Presidente da Funasa
“A PEC da responsabilidade. Esse é o nome mais importante. Você não pode continuar fazendo contratos sem ter lastro para pagar. O rombo na Funasa nesse ano era de 572 milhões de reais, obras que estavam em andamento e não tinha dinheiro para continuar. Então a PEC é da responsabilidade, para você não ficar no ilusionismo, não ficar maquiando a realidade. O país passa pela maior crise da história, e quem diz isso não sou eu, mas todos os economistas renomados. São quase 13 milhões de desempregados, houveram situações erradas que agora estão sendo investigadas. Um exemplo sobre essa situação dos gastos, é que me chegou a informação que em janeiro de 2014 haviam 12 mil pescadores cadastrados no Piauí. Em novembro de 2014 já eram 47 mil. Como é que se coloca 35 mil pessoas para receber o seguro defeso?”, questionou.
Henrique Pires ainda criticou as obras “faraônicas” que foram realizadas na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Ele ainda disse acreditar que esse tipo de “erro”, não irá se repetir na gestão do presidente Michel Temer (PMDB).
“Eu espero que não hajam mais essas construções de estádios e de obras faraônicas enquanto a população sobre com falta de água e de um banheiro. Do que adianta ter uma estádio como o Mané Garrinha de 2,4 bilhões , se tem estados, como o Piauí, que faltam mais de 100 mil banheiros, esse número é o de residências que não possuem um banheiro no Piauí. Cada valor que você investe em saneamento, economiza em cinco vezes os gastos com Saúde. Então o retorno é muito mais. Com todo o respeito sobre a importância, de estradas, de praças, mas a obra mais importante de engenharia é o saneamento, para garantir saúde. Tenho certeza que não terão obras conhecidas, ditas faraônicas, no governo do presidente Michel Temer”, finalizou.
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