Antônio José Lira afirma que Marcelo Castro jogou "sua história no lixo"

Em entrevista ao GP1, o vereador Antônio José Lira (DEM) criticou como a reforma política tem sido debatida no Congresso Federal.

O vereador criticou Marcelo Castro (PMDB), que era relator da comissão da reforma política. Marcelo foi escolhido pelo próprio presidente da Câmara Eduardo Cunha para ser relator, mas os dois entraram em atrito e não concordaram em alguns pontos. Eduardo então decidiu descartar o relatório realizado por Marcelo, além de mudar os deputados que participavam da comissão.

Para o vereador, Marcelo Castro jogou a sua história no lixo com todo essa polêmica. “Quando falaram que o relator da reforma seria um piauiense. E olha que piauiense. Um homem preparado, inteligente. O Piauí vibrou. Aí o Marcelo Castro pegou toda a sua história, toda a sua honradez, todo o seu equilíbrio, tudo que ele tinha de bonito, e que eu admirava, e jogou no lixo”, afirmou.
O vereador disse não concordar com alguns pontos da reforma que Marcelo Castro defendia e queria levar para votação no plenário, mas que foram vetados por Eduardo Cunha. A maior crítica de Antônio José Lira foi a proposta de Marcelo para um mandato de dois anos para prefeitos e vereadores, para que assim houvesse a coincidência de eleição para todos os cargos.

“Depois do que aconteceu [polêmica com o Eduardo], toda a Assembleia se solidarizou. Eu não fiquei com pena dele, porque além de jogar o passado político dele no lixo, o vereador e prefeito que ainda tiver coragem de votar nele, deveria ter era vergonha na cara. Ele defendeu o mandato de dois anos. Ele queria ser candidato para um mandato de dois anos? Sofrer e gastar em uma eleição para no outro ano já ter uma nova eleição. Eu duvido que um deputado federal defenda um mandato de dois anos”, criticou.

Antônio José Lira ainda destacou quais são os pontos que defende na reforma. “Eu sou favorável a coincidência de mandato. Para se igualar em 2022 e ter uma eleição só. O país não aguenta esse negócio de dois em dois anos. Reeleição tem que acabar. Porque tu acha que um prefeito em um mandato não usa a máquina? Isso é história para boi dormir. O voto distritão. Eu não tinha medo não. Se eu estou fazendo um mandato desse jeito e se eu não ficar entre os 29 eleitos, eu sou um incompetente. Saio e vou cuidar das minhas galinhas. O voto proporcional eu acho justo. Do jeito que está agora. Eu defendo que a coligação acabe. Cada partido tem que ter seu candidato”, afirmou.

Outro Lado:

O deputado Marcelo Castro não foi localizado para comentar as declarações do vereador Antônio José Lira.

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