O delegado Célio Benício, diretor de Polícia do Interior, concedeu entrevista coletiva sobre a operação deflagrada nesta quinta-feira (03), que resultou na prisão de três pessoas acusadas de aplicar golpe de cerca de R$ 500 mil em postos de combustíveis da Rede Cacique, no Piauí. A investigação apontou que a organização criminosa atuava em outros estados e usavam empresas de fachada.
A investigação iniciou em 2022, após a rede de postos acionar a Polícia Civil ao constatar o golpe que durou de 5 a 6 meses. “É uma quadrilha especializada que se utilizava do artifício de trocar as maquinetas de cartão, que eram operadas pelo posto, e, a partir daí, o crédito que entrava era direcionado para contas em nomes de laranjas e não para contas do posto. Isso ficou operando por cerca de 5 a 6 meses e quando o financeiro da empresa percebeu, acionou a polícia que iniciou a investigação”, afirmou o delegado Célio Benício.
De acordo com o delegado Célio Benício, não foi constatada a participação de frentistas no golpe e a troca das maquinetas era feita pelos próprios golpistas. Foi verificada também a criação de empresas para o recebimento do dinheiro. “Não ficou comprovada a participação de pessoas de dentro da empresa, então acreditamos que o que aconteceu foi que eles trocavam as maquinetas sem que os frentistas percebessem. Eles criavam empresas de fachada com o mesmo nome do posto, ou seja, o comprovante de pagamento saía no nome fantasia da empresa”, pontuou.
“Foram 3 pessoas presas que pontuamos como as principais envolvidas e que arquitetaram o golpe, todas residentes em Vila Nova dos Martírios, no Maranhão. Outras 8 pessoas tiveram mandados de busca e apreensão cumpridos em face dela, por ligação com as outras três presas”, declarou Célio Benício.
Organização atuava em outros estados
As investigações apontaram ainda que a quadrilha atuava também fora do Piauí. “É uma organização criminosa que se formou para dar prejuízo não só aos postos de combustíveis do Piauí, pois temos informações que atuava em outros estados”, explanou o delegado Célio Benício.
Um dos alvos já foi preso antes
O delegado apontou ainda que um dos alvos já havia sido preso em outro estado e que os acusados tinham preferências por postos de grandes redes para facilitar no golpe. “A gente tem informações de que os golpistas tentaram [aplicar o golpe] em outros postos, inclusive, um deles já foi preso utilizando do mesmo artifício no Mato Grosso. Eles procuravam grandes empresas, que tinham muito movimento para poder trocar a maquineta com mais facilidade e dificultar a identificação por parte do setor financeiro do posto”, concluiu.
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