A diretora de um abrigo em Posse, Goiás, foi presa nessa sexta-feira (27) sob suspeita de maus-tratos e tortura e, também, de ser a responsável por entregar a menina Maria Eduarda Vitória de Sousa, de 5 anos, para a tia, sem autorização judicial. No último dia 14 de outubro, a menina foi levada morta para um hospital após sofrer diversas torturas, conforme apontou o laudo da Polícia Civil do Piauí.
A Polícia Civil de Goiás afirmou que começou a investigar o abrigo depois de ter recebido denúncias de que crianças e adolescentes eram submetidas a tratamento cruel no local. Durante as investigações, algumas vítimas e testemunhas relataram que os internos eram colocados de castigo, havendo episódios em que as crianças não recebiam alimentação básica como forma de punição por mau comportamento.
Além da prática de tortura e maus-tratos, a diretora do abrigo também está sendo investigada por encaminhar crianças e adolescentes para a famílias substitutas sem a devida autorização judicial. A diretora também é suspeita de desviar doações enviadas ao abrigo para proveito próprio.
Ao todo, existem 23 crianças no abrigo e todas continuam no local após a operação policial. Durante a ação, a polícia cumpriu mandado de busca e apreensão na casa da suspeita e na casa de acolhimento. Foram apreendidos documentos para as investigações.
Além disso, também há notícias de que as crianças não tinham acesso à assistência médica e eram proibidas de participar de atividades sociais. A mulher teria também feito um aborto ilegal em uma criança do abrigo.
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