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Sinte vai recorrer contra suspensão da greve dos professores no Piauí

A presidente do Sinte, Paulina Almeida, disse que os docentes irão definir os rumos da greve no dia 20.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí (Sinte-PI) se reuniu nesta segunda-feira (18) e comunicou que vai recorrer da decisão judicial, que suspendeu a greve dos professores da rede estadual.

De acordo com a presidente do Sinte, Paulina Almeida, a greve dos docentes é um movimento legal e ainda nesta quarta-feira (20), os professores irão realizar uma assembleia para definir os novos rumos do movimento grevista.


Foto: Marcelo Cardoso/GP1Paulina Almeida presidente do Sinte-PI
Paulina Almeida presidente do Sinte-PI

“Nós acreditamos na Justiça do Piauí, vamos recorrer [da decisão que suspendeu a greve] e acreditamos que após a Justiça ver e entender nossa situação, certamente mudará de concepção, porque a greve é justa, é legal e a categoria, na assembleia geral, decidirá os rumos da luta”, destacou a presidente do Sinte.

Decisão da Justiça

No último dia 13 de abril, o desembargador Oton Lustosa, do Tribunal de Justiça do Piauí, deferiu pedido de tutela de urgência e determinou que o Sinte suspenda a greve e que os professores retornem as salas de aulas. Em caso de não cumprimento, a multa diária é de R$ 10 mil para o sindicato docente.

O magistrado destacou que mesmo sendo reconhecida a defasagem salarial da categoria docente, o movimento grevista não atende requisitos legais e prejudica o andamento das atividades realizadas pelos estudantes.

Greve docente e proposta do Governo

A categoria de professores estaduais está de greve desde o dia 23 de fevereiro desde ano e reivindica um aumento salarial de 33,24%, que foi oficializado pelo Governo Federal, também em fevereiro deste ano.

Já o Governo do Estado, ofertou um aumento de 14,17%, fazendo com que o salário dos docentes seja entre R$ 3.845,63 e R$ 7.000,00. Essa porcentagem leva em consideração um reajuste de 10% e um aumento de 4,17%, referente a incorporação do auxílio alimentação, para todos os ativos e aposentados da categoria.

A primeira classe A, nível I, sai de um salário de R$ 2.910,32 para R$ 3.845,63, reajuste de cerca de 32%. Para as demais classes, o reajuste soma 14, 58%.

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