O prazo para os 498 detentos que foram beneficiados com saída temporária retornarem ao sistema prisional terminou na última quarta-feira (1). Entretanto, nem todos os detentos obedeceramm ao retorno programado.
De acordo com Kleiton Holanda, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí, (Sinpoljuspi), ainda não há um número oficial dos presos que não retornaram, mas ele afirmou que pelo menos 7% dos detentos não devem retornar.
“Nós estamos fazendo o acompanhamento. No entanto, esse retorno programado de todos não ocorre e é comum acontecer todos os anos. Desses 498 presos, cerca de 20% não se apresentam no prazo estabelecido por lei, que nesse caso foi o dia primeiro de janeiro. Posteriormente, que eles devem retornar gradativamente, mas 7% não retornam de forma alguma”, relatou.
- Foto: Helio Alef/GP1Kleiton Holanda
Kleiton ainda criticou a saída temporária e disse que boa parte dos presos terminam por praticar outros delitos. “Muitos ainda praticam outros delitos e causam um transtorno para a sociedade”.
Ele criticou a falta de pessoal para fiscalizar os detentos com a saída temporária, uma vez que o número de servidores é abaixo até para fazer a segurança dentro dos presídios. “Nós temos a obrigação de fiscalizar também esses detentos com saída temporária, mas por falta de pessoal nós não temos nem para fazer a segurança acentuada nos presídios e muito menos para saberem se eles estão cumprindo com o que foi estabelecido”, afirmou.
A Secretaria de Justiça (Sejus) ainda não divulgou dados oficiais sobre o retorno dos detentos e diz que a liberação deles é uma determinação da justiça.
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