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Associação do Ministério Público sai em defesa de Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha

"O Ministério Público tem por finalidade esclarecer um fato. A mesma razão que leva a cobrar esclarecimento do caso Fernanda Lages serve para o caso Pato Donald", disse em nota.

A diretoria da Associação Piauiense do Ministério Público (APMP) emitiu nota em apoio aos promotores de Justiça Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha contra as declarações do jornalista Silas Freire, apresentador do programa Agora, da TV Meio Norte.

No último dia 15, Silas afirmou, em seu programa, que os promotores, por solicitarem informações em relação ao assassinato de Jean Carlos, conhecido como Pato Donald, estariam usando de chantagem contra o jornalista.

Segundo Silas Freire, a medida adotada pelos promotores decorria de influência por parte de outro jornalista piauiense, que teria ficado contrariado por Silas ter cobrado providências dos membros do Ministério Público com relação ao Caso Fernanda Lages.
Imagem: Bárbara Rodrigues/ GP1Promotores Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha(Imagem:Bárbara Rodrigues/ GP1)Promotores Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha

Para a APMP, o jornalista, embora legítimo na cobrança de resposta satisfatória com relação ao caso Fernanda Lages, foi incoerente ao condenar a ação dos promotores de Justiça com relação ao Caso Pato Donald.

“Exigir respostas das autoridades constituídas para o esclarecimento de um fato supostamente criminoso é, antes de tudo, um direito do cidadão, de maneira que, por uma questão de coerência, entendemos que o profissional de imprensa mencionado, da mesma forma, irá se colocar de pleno acordo com a providência por parte do Ministério Público que tem por finalidade esclarecer um fato que, em tese, caracteriza crime. A mesma razão que leva a cobrar esclarecimento do caso Fernanda Lages serve para o caso que envolve a morte de Pato Donald”, ressalta a nota.
Imagem: DivulgaçãoJornalista e apresentador Silas Freire(Imagem:Divulgação)Jornalista e apresentador Silas Freire

Ainda de acordo com a nota, “os representantes do Ministério Público aqui mencionados atuam sempre pautados no desejo de esclarecimento de fatos ilícitos e, uma vez tendo conhecimento de um acontecimento supostamente criminoso, seja qual for a fonte, têm o dever de tomar as providências necessárias para elucidação, sobretudo em um caso que culminou com a morte de uma pessoa”.

Confira a nota da APMP na íntegra:

NOTA DE REPÚDIO

A ASSOCIAÇÃO PIAUIENSE DO MINISTÉRIO PÚBLICO, entidade representativa de Promotores e Procuradores de Justiça, vem expressar seu REPÚDIO às declarações prestadas pelo apresentador do programa AGORA, da TV Meio Norte, Silas Freire, que afirmou que os promotores de Justiça, Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha, por solicitarem informações em relação ao assassinato do Senhor Jean Carlos, conhecido por Pato Donald, fato ocorrido no ano de 1996, estariam, desta forma, usando de chantagem contra aquele apresentador. Segundo Silas, a medida adotada pelos promotores decorreria de influência por parte de um outro jornalista piauiense, que teria ficado contrariado por Silas ter cobrado providências dos membros do Ministério Público com relação ao caso Fernanda Lages.

Cabe-nos ressaltar, preliminarmente, o absoluto respeito e cordialidade que há nas relações entre a Associação Piauiense do Ministério Público e Imprensa, e isso vale, inclusive, com relação ao jornalista Silas Freire. Ademais, resta realçar que é absolutamente legítima a reivindicação de Silas Freire cobrando uma resposta satisfatória com relação ao caso que culminou com o precoce falecimento da jovem Fernanda Lages. Exigir respostas das autoridades constituídas para esclarecimento de um fato supostamente criminoso é, antes de tudo, um direito do cidadão, de maneira que, por uma questão de coerência, entendemos que o profissional de imprensa mencionado, da mesma forma, irá se colocar de pleno acordo com a providência por parte do Ministério Público que tem por finalidade esclarecer um fato que, em tese, caracteriza crime. A mesma razão que leva a cobrar esclarecimento do caso Fernanda Lages serve para o caso que envolve a morte de Pato Donald.

Os representantes do Ministério Público aqui mencionados atuam sempre pautados no desejo de esclarecimento de fatos ilícitos e, uma vez tendo conhecimento de um acontecimento supostamente criminoso, seja qual for a fonte, têm o dever de tomar as providências necessárias para elucidação, sobretudo em um caso que culminou com a morte de uma pessoa.

Renovamos, pois, o apoio aos representantes do Ministério Público mencionados, com a convicção de que estão atuando motivados pelo mais nobre senso de justiça, lamentando as declarações do Jornalista Silas Freire.

A DIRETORIA

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