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Líder de quadrilha preso pela Polícia Federal concluiu o curso de medicina na Uespi

O delegado disse também que as prisões são temporárias para os 15 membros da quadrilha. Em Teresina, foram apreendidos computadores, documentos e materiais eletrônicos.

Na Operação Arcano, deflagrada hoje (13) pela Polícia Federal, policiais descobriram que o chefe da quadrilha que fraudava vestibulares de Medicina em cinco estados do Brasil concluiu o curso na Faculdade de Medicina da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e foi preso em Goiás. Ele serviria para recrutar os candidatos para participar da fraude.

O delegado da Polícia Federal Janderlyer Gomes informou que a quadrilha cobrava cerca de R$ 500,00 de cada aluno aprovado e arrecadava, ao todo, entre R$ 20 e R$ 30 mil. Os recrutadores tinham passagem e hospedagem grátis. Três pessoas foram presas, sendo dois piauienses, estudantes de Medicina da Universidade Federal do Piauí (UFPI). O terceiro preso é profissional liberal.

Imagem: Germana Chaves/GP1Delegado da Polícia Federal(Imagem:Germana Chaves/GP1)Delegado Janderlyer Gomes

O delegado disse também que as prisões são temporárias para os 15 membros da quadrilha. Em Teresina, foram apreendidos computadores, documentos e materiais eletrônicos.

Como agiam

Um estudante de medicina se inscrevia nos vestibulares e respondia apenas as disciplinas a qual era da sua finalidade. O gabarito era preenchido em tempo mínimo. Ao sair da sala de prova, o mesmo repassava o gabarito para o chefe da quadrilha que distribuía as questões corretas para os vestibulandos através de ponto eletrônico.

Imagem: Germana Chaves/GP1Delegado da Polícia Federal(Imagem:Germana Chaves/GP1)Delegado da Polícia Federal, Janderlyer Gomes

Os envolvidos foram indiciados por formação de quadrilha e estelionato. O delegado ouvirá os presos, mas as investigações foram comandadas pela Delegacia da Polícia Federal de Araraquara-SP.

A operação foi batizada de Arcano em razão de seu significado, que é “remédio secreto” em latim. A Assessoria de Comunicação da Polícia Federal informou no final da tarde de hoje que os nomes dos presos não seriam divulgados, pois já é um procedimento adotado pela PF.

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