"Não existe determinação legal que proíba um advogado de trabalhar de bermuda", diz OAB-PI

O presidente da Ordem dos Advogados do Piauí (OAB-PI), Sigifroi Moreno, se manifestou contra agressão sofrida pelo advogado, Enzo Samuel Alencar Silva na última terça-feira (03) na Avenida Frei Serafim durante protesto dos estudantes contra o aumento do valor da tarifa de ônibus e implantação do novo sistema de integração do transporte coletivo. Enzo foi agredido por policiais do Rone (Rondas Ostensivas de Naturezas Especiais), algemado e colocado na viatura da polícia.
Ontem (04) pela manhã, Sigifroi Moreno foi ao Quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Piauí com representação em mãos. O presidente estava acompanhado dos advogados William Guimarães e Norberto Campelo.

“Com essa representação estamos solicitando o afastamento dos policiais envolvidos na agressão. E não é só isso, queremos a punição dos agressores. Houve despreparo por parte de alguns policiais”, disse.
A reportagem do GP1 questionou o fato do advogado Enzo Samuel está trabalhando com vestimenta não condizente com a profissão, bem como o fato do mesmo, segundo o capitão Fábio Abreu, não ter se identificado de inicio como advogado.

“O fato do Enzo Samuel não está de terno, não o tira da posição de advogado, até porque em nenhum momento ele deixou de ter uma conduta correta. Não existe determinação legal que proíba um advogado de trabalhar de bermuda, até porque ele não estava numa repartição privada, ou, nas dependências de um fórum e sim, numa via pública. Ele foi chamado as pressas para o local. E com relação a ele não ter se identificado como advogado, segundo o capitão Fabio Abreu, isso só agrava a situação da policia por que dá ao entender que se for um advogado não pode ser agredido. Agora se for outro cidadão pode. O papel da polícia é proteger o cidadão seja ele advogado ou não. E repito, o advogado Enzo Samuel não desrespeitou em nenhum momento a Ordem e manteve uma postura condigna”, finalizou Sigifroi Moreno.