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Teresina - Piauí

MP pede que blogueira acusada de esquartejar mulher em Teresina vá a Júri Popular

O pedido do Ministério Público do Estado do Piauí foi solicitado no último dia 21 de fevereiro.

O Ministério Público do Piauí solicitou a pronúncia e julgamento pelo Júri Popular da blogueira Maria Clara Sousa Nunes Bezerra, conhecida como “Arlequina”, Sebastian Valério dos Santos e João Victor Rodrigues de Paiva Barros, todos acusados de envolvimento no homicídio de Silvana Rodrigues de Sousa, que foi torturada e teve o corpo esquartejado, na zona sudeste de Teresina, em junho de 2024. O pedido foi feito no dia 21 de fevereiro.

De acordo com o pedido, os três devem ser submetidos a julgamento pelo Tribunal Popular do Júri, sob acusação de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, organização criminosa e corrupção de menores. O Ministério Público aponta que o crime foi motivado por disputas entre facções criminosas e que a vítima foi atraída para uma emboscada, asfixiada e esquartejada, tendo seu corpo enterrado em uma área próxima ao local da execução.

Foto: ReproduçãoMaria Clara Sousa Nunes Bezerra
Maria Clara Sousa Nunes Bezerra

Conforme detalhado nos autos do processo, a investigação revelou que Silvana foi atraída por um perfil falso em uma rede social e levada a uma residência na Vila da Guia, onde foi morta. Testemunhas ouvidas no processo confirmaram que o local era utilizado para o tráfico de drogas e como ponto de encontros de membros da facção PCC. As apurações indicam que a vítima teria sido acusada de repassar informações à facção rival Bonde dos 40, o que motivou sua execução. A forma como o crime foi praticado, com métodos de asfixia, tortura e ocultação do corpo, robustece o envolvimento da organização criminosa na prática do Tribunal do Crime.

Durante a audiência de instrução e julgamento, foram ouvidas testemunhas. Um adolescente envolvido no crime, C.H.S., confessou participação direta, assumiu sozinho a responsabilidade, mas as provas e elementos coletados apontam a participação de Maria Clara, Sebastian e João Victor. Imagens e depoimentos confirmaram a presença de Maria Clara na cena do crime e sua ligação com o fornecimento de materiais usados para ocultar o corpo, além de indícios de seu papel como "disciplina" do PCC, responsável por aplicar punições dentro da facção.

O Ministério Público destacou que os elementos colhidos no inquérito policial, somados às provas apresentadas durante o processo, são suficientes para justificar a pronúncia dos acusados e o prosseguimento do caso para julgamento pelo Tribunal do Júri. O órgão ressaltou ainda o pedido de manutenção da prisão preventiva de Maria Clara Sousa Nunes Bezerra, sustentando que sua liberdade representa risco à ordem pública, em razão de seu histórico de envolvimento com a facção criminosa e da gravidade do crime investigado. Por entender que há provas da materialidade e indícios suficientes de autoria, o Ministério Público concluiu que não há justificativa para revogar ou substituir a prisão por medidas cautelares.

Participação de cada um dos envolvidos

Maria Clara Sousa Nunes Bezerra, vulgo “Alerquina”: líder do grupo, foi a mandante do crime, presidiu o “tribunal do crime” e deu a ordem para a execução e esquartejamento da vítima. Participou ativamente do esquartejamento.

Francisco Josiel Ferreira, vulgo “Lon”: coexecutor, foi responsável por asfixiar a vítima juntamente com João Victor, além de auxiliar na ocultação do cadáver.

Sebastian Valerio dos Santos, vulgo “Sebastian”: participou do esquartejamento e auxiliou na ocultação do corpo.

João Victor Rodrigues de Paiva Barros, vulgo “Oreinha”: coexecutor, ajudou na asfixia da vítima e participou do esquartejamento.

C.H.S: participou do esquartejamento e da ocultação do corpo.

H.H.S.S: participou da asfixia da vítima e do esquartejamento.

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