Partidários aliados a Guilherme Boulos (PSOL) afirmam que a indicação dele para a Secretária-Geral da Presidência da República é benéfica tanto para o governo quanto para o deputado, visto que o político ganharia experiência administrativa, que é cobrada dele em suas tentativas de chegar à Prefeitura de São Paulo. Com isso, segundo os correligionários, ele entraria também na lista de possíveis sucessores políticos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A fala ocorre devido a percepção de que o presidente da República está se cercando de pessoas de sua confiança que podem ser candidatos à Presidência em 2030. Estariam nessa lista o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Gleisi Hoffman, nomeada como ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que assume o orçamento bilionário do Ministério da Saúde, e Guilherme Boulos, se confirmado no cargo.

Para o governo, o objetivo seria que o deputado melhore a interlocução com os movimentos sociais e transforme eventos em palanques importantes para Lula. Boulos tem a estima do presidente e é visto como um herdeiro importante, apesar de estar no PSOL. Egresso do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Boulos teria as condições e a disponibilidade para trabalhar em prol de mobilizar a militância.
Contudo, a indicação de Boulos enfrenta resistências tanto no PT como no PSOL, visto que o partido do deputado federal está rachado, por não querer se alinhar diretamente ao governo.
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