A Justiça do Piauí converteu em preventiva a prisão temporária de Maria do Perpétuo Socorro Pereira, conhecida como Amara, investigada pelo assassinato de sua companheira, Karita Joara de Lima Santos. O crime ocorreu em setembro, em Teresina. A decisão foi confirmada ao GP1 nesta quinta-feira (9) pela delegada Nathália Figueiredo, do Núcleo de Feminicídios do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pelas investigações.
Maria do Perpétuo foi presa em 27 de novembro e segue no presídio feminino, onde o mandado de prisão preventiva foi cumprido. A investigação aponta que a acusada tentou forjar um suicídio, alegando que Karita havia se enforcado. No entanto, o laudo cadavérico revelou que a causa da morte foi estrangulamento, acompanhado de lesões na cabeça e no corpo, incompatíveis com a versão apresentada por Amara.
Os indícios de homicídio surgiram após a análise do Instituto de Medicina Legal (IML), que identificou uma lesão contusa na cabeça e marcas no corpo da vítima. O laudo médico descartou a hipótese de enforcamento, indicando que as lesões eram consistentes com estrangulamento. Amara, em depoimentos, sustentou a tese de suicídio, mas a ausência de evidências que corroborassem sua versão fortaleceu sua suspeição no caso.
Familiares de Karita, incluindo um psicólogo próximo à vítima, também contestaram a versão de suicídio apresentada pela acusada. Desde o início, consideraram o comportamento de Amara estranho e relataram à polícia que Karita não havia demonstrado sinais de intenção de tirar a própria vida. As suspeitas reforçaram a necessidade de aprofundamento nas investigações, que confirmaram elementos técnicos incompatíveis com a versão de Amara.
De acordo com a delegada Nathália Figueiredo, embora a motivação do crime ainda esteja em apuração, as provas técnicas são conclusivas quanto à autoria. Amara, única pessoa presente na residência no momento do crime.
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