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União - Piauí

Polícia Civil indicia cantor piauiense por matar caminhoneiro

O inquérito que investigou o caso foi concluído no dia 10 de abril pelo delegado Natan Cardoso.

A Polícia Civil do Piauí, através da Delegacia de Polícia Civil de União, indiciou o cantor Jhonata Araújo Costa pelo homicídio do caminhoneiro Valdenilson Sousa Oliveira, 39 anos, ocorrido no dia 21 de março deste ano, na PI 112, durante uma briga de trânsito.

Jhonata Araújo foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado (por motivo fútil) com emprego de arma de fogo de uso restrito. Já o tio dele, o empresário Josimar Antônio Costa, que também foi preso suspeito de participação no crime, vai responder por porte ilegal de arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito.


Foto: Divulgação/PC-PIJhonata Araújo Costa e Josimar Antônio
Jhonata Araújo Costa e Josimar Antônio

Conforme inquérito policial concluído, no dia 10 de abril, pelo delegado Natan Cardoso, no dia no dia 21 de março de 2024, Jhonata e Josimar teriam se envolvido em uma discussão no trânsito com Valdenilson Sousa Oliveira.

Consta que os veículos envolvidos pararam na localidade Concórdia e houve um disparo de arma de fogo, realizado por um dos ocupantes da caminhonete S10, que atingiu a cabeça da vítima e a levou a óbito ainda no local.

O que disse Jhonata

Jhonata Araújo Costa contou que saiu de União no sentido Teresina com o tio em uma S10 e que, em determinado momento, pararam para lanchar em um posto de combustíveis. Enquanto viajavam, segundo o acusado, a vítima vinha atrás e passou a buzinar e “jogar luz” e que pediu para Josimar parar para saber o motivo.

Conforme Jhonata, assim que Josimar desembarcou a vítima passou a xingá-lo e apontou uma arma na cara dele afirmando que seu tio “ia morrer agora”. Josimar então deitou no chão, momento em que, segundo Jhonata, lembrou da arma que seu tio tinha no porta-luvas do carro e a pegou com a intenção de defender seu tio.

Após sair do veículo com a arma, o acusado disse que Valdenilson apontou a arma para ele e que, nesse momento, realizou apenas um disparo, sem “mirar” e que ficou muito nervoso e em choque, pois pensava que a vítima ia matar seu tio.

O que disse Josimar

Em sua oitiva, Josimar Antônio Costa respondeu que chegando na localidade Volta dos Cadetes, onde tem uma estrada carroçal, acredita que seu carro jogou terra ou pedras no carro da vítima, que passou a buzinar e fazer sinal de luz. Logo, Jhonata pediu para pararem para conversar para ver o que tinha acontecido e que quando se aproximou da porta do carro da vítima já se deparou com a arma no seu rosto.

Josimar então afirmou que foi xingado e ameaçado de morte pela vítima, que deitou no chão e ouviu um disparo. Ao se levantar viu que a vítima tinha sido baleada pelo seu sobrinho. Ele ainda garantiu que não trancou o veículo da vítima e que, após constatar que a vítima havia morrido, chamou Jhonatan para irem embora.

Conclusão

O delegado ressaltou ainda no relatório que deixou de representar pela conversão das prisões temporárias em preventivas por entender que não mais subsistem os motivos para manutenção, tendo em vista que os investigados se apresentaram espontaneamente e colaboraram com as investigações. Ademais, apresentam ocupação lícita, endereço fixo e não possuem condenações criminais ou processos em curso em seu desfavor.

Por fim, o delegado reconheceu que durante a instrução há a possibilidade de reconhecimento do instituto da legítima defesa e opinou pela concessão da liberdade provisória com aplicação de medidas cautelares.

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