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Teresina - Piauí

Gustavo Henrique perde o comando do PRTB e culpa senador Ciro Nogueira

A informação foi dada pelo pré-candidato a vereador durante entrevista ao GP1 nesta segunda-feira.

Em uma reviravolta no encerramento da janela partidária, Gustavo Henrique, pré-candidato a vereador de Teresina, perdeu o controle do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), segundo ele, após uma articulação do grupo liderado pelo senador e ex-ministro da Casa Civil Ciro Nogueira (PP-PI), juntamente com o pré-candidato a prefeito Sílvio Mendes (União Brasil-PI). A medida teve como objetivo retirar a sigla da base do governador Rafael Fonteles (PT-PI) e do deputado Fábio Novo (PT-PI), para que se a legenda se alie à oposição ao Palácio de Karnak. A informação foi dada em entrevista ao GP1 nesta segunda-feira (08).

Conforme relatado por Gustavo Henrique, após mudanças na direção nacional do PRTB, os dirigentes designaram a presidência estadual da sigla para ele, que montou um grupo de pré-candidatos para a chapa proporcional e recebeu permissão para se aliar ao PT de Rafael Fonteles. No entanto, o ex-dirigente contou que no final da janela partidária, mais precisamente na quinta-feira (4), tomou conhecimento de que o partido havia se aliado ao Progressistas de Ciro Nogueira.


Foto: Marcelo Cardoso/GP1Gustavo Henrique
Gustavo Henrique

“Primeiro me procuraram e aceitaram meu grupo no partido, nos deram o comando do partido. Com tranquilidade, eles nos entregaram o partido. Verificaram que trabalhamos de forma orgânica, tínhamos uma chapa, como de fato temos. E nos autorizaram a divulgar que o partido estava conosco. Organizamos um evento festivo de filiação com a presença do nosso pré-candidato a prefeito, o deputado Fábio Novo. No entanto, na virada de terça para quarta-feira, comecei a perceber dificuldades de comunicação com o PRTB. Enfrentei dificuldades para contatar o coordenador, o presidente e até mesmo o assessor do presidente nacional. De vez em quando, conseguia falar com alguém e percebia obstáculos ao tentar explicar o que estava acontecendo. Então, na noite de quinta-feira, por volta das dez e meia, fui surpreendido com a nada agradável informação de que o partido estaria alinhado com os Progressistas do Piauí”, detalhou Gustavo.

Após essa mudança, Gustavo Henrique ficou sabendo que Eliseu Aguiar foi escolhido como novo presidente estadual da sigla em uma reunião que contou com a presença de Ciro Nogueira, Sílvio Mendes e o deputado federal Júlio Arcoverde. Depois de perceber que o partido já tinha outras direções, o pré-candidato a vereador iniciou uma articulação para migrar seu grupo para outro partido, o Agir36, uma sigla vinculada ao deputado estadual Evaldo Gomes. Com a migração, o pré-candidato assumiu o controle municipal da sigla.

Foto: Marcelo Cardoso/GP1Entrevista com Gustavo Henrique
Entrevista com Gustavo Henrique

“Passamos por um percalço, e o que me chama atenção é a conduta do pré-candidato Silvio. Ele participou de forma sorrateira e rasteira, concordando com o que foi proposto. Em nenhum momento, Eliseu mencionou que ele se opôs. Ele estava presente na conversa em que o deputado Júlio chamou Eliseu. Portanto, ele participou. Eliseu não tem chapa, nem executiva. Nesse ínterim, comecei a comunicar as pessoas do meu time, inclusive o nosso principal líder, que é o governador. Expliquei a situação que eu estava passando junto com o meu grupo. Depois, comuniquei ao deputado Fábio Novo e fui comunicando pontualmente as pessoas de direito, do nosso lado, do nosso campo político. Consegui falar com um membro da direção nacional do partido Agir36. Começamos, então, a articular a migração do nosso grupo para outra legenda. Tudo tinha que ser feito muito rápido. Na sexta-feira, último dia da semana, tivemos um expediente corrido até uma hora da tarde”, explicou Gustavo Henrique.

Nova meta no Agir36

Atualmente, já no Agir36, Gustavo Henrique lidera um grupo de 43 nomes para a chapa proporcional e já está com a direção municipal da sigla, visando uma meta de eleger dois vereadores no pleito deste ano. “Então, conseguimos uma articulação também pelo deputado Evaldo. Sabemos que o Agir, de alguma maneira, também estaria sob influência do deputado Evaldo, mas foi receptivo, foi tudo tranquilo. Assumimos o comando, estou na presidência municipal. Temos mais de quarenta nomes e, agora, a pretensão, com muito trabalho e muita luta, é eleger dois vereadores”, finalizou.

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