A decisão do ex-deputado Luciano Nunes de recuar da pré-candidatura própria e anunciar o apoio dele e de parte do PSDB a Fábio Novo (PT), provocou a reação do vereador Edson Melo, dirigente municipal da sigla tucana na Capital. O parlamentar ressaltou que se mantém na oposição e afirmou, entre outras coisas, que Luciano pretendia postergar o anúncio da adesão à base governista para “sepultar” o PSDB.
Segundo o vereador, Luciano Nunes planejava anunciar o desembarque da oposição apenas no final de março, de modo que os vereadores tucanos que não pretendem deixar a oposição encontrassem dificuldade para encontrar outro partido e viabilizar candidatura, como é o caso do vereador Paulo Lopes, que, até então, não anunciou rompimento com o PSDB.
“Quem decide em eleição municipal é o Diretório Municipal e quem pode passar por cima é o Diretório Nacional. Essa adesão de Luciano Nunes já era prevista. Só conseguimos antecipar, pois o plano dele era para o final de março, para sepultar o PSDB”, alfinetou Edson.
Diretório Nacional
Edson Melo disse ainda que as deliberações sobre o pleito deste ano cabem ao Diretório Municipal e que, portanto, apenas o Diretório Nacional pode neutralizar qualquer decisão que vier a ser adotada por eles. Ainda conforme o vereador, a maioria dos membros que compõem o Diretório Municipal é contra aliança com o Partido dos Trabalhadores e que somente o ex-secretário Francisco Canindé apoia Luciano.
“O diretório recém-eleito, em outubro de 2023, que inclusive Luciano Nunes faz parte, é composto por mim que sou presidente, do vice-presidente Francisco Canindé, secretário-geral doutora Francisca Ramos, tesoureiro Thiago Moita e o líder do partido Paulo Lopes. Dos 5 membros da Executiva só o Canindé apoia a decisão do Luciano. A grande maioria dos 40 membros do Diretório é contra aliança com o PT”, concluiu Edson Melo.
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