O candidato a vereador de Teresina pelo Agir, Gustavo Henrique, criticou a maneira como o Fundo Eleitoral é distribuído e a desigualdade na aplicação desse valor na campanha. De acordo com ele, os grandes partidos ficam com a maior parcela do valor, em detrimento de algumas legendas, a exemplo, do Agir, que não recebem um centavo para colaborar com a campanha de seus respectivos correligionários.
Membro da base de apoio do candidato a prefeito de Teresina, deputado estadual Fábio Novo (PT), Gustavo afirmou que seu grupo vem sendo bem acolhido pela equipe majoritária, mas é prejudicado na briga com os partidos maiores.
“As dificuldades que nós temos é a de qualquer partido que não tem fundo partidário e nem eleitoral. Em termos de apoio moral e político, nós temos em relação ao nosso candidato a prefeito [Fábio]. Agora quero questionar a aberração, o fundo eleitoral, a forma que foi criado. Primeiro, é recurso público que deveria está sendo investido na educação, saúde, em obras estruturantes. São quase cinco bilhões de reais para os grandes partidos se utilizarem desse mecanismo e fazer campanha massacrando os pequenos que não tem muito capital como eles”, declarou o candidato que seguiu fazendo críticas à forma como o recurso do Fundo Eleitoral foi distribuído e disse que o Agir de Teresina não recebeu um centavo.
"Em relação ao maior partido que recebe quase R$ 1 bilhão, nacionalmente, o Agir recebeu R$ 3,6 milhões que seria para todo o país, mas não é suficiente para fazer campanha regional onde fica a sede do nosso partido no Rio de Janeiro e em Brasília. A diferença é gritante, o Agir [de Teresina] recebeu zero real. Nossa campanha é feita com recursos próprios, são candidatos da militância orgânica”, afirmou Gustavo.
O candidato a vereador pelo Agir reforçou que os candidatos do partido estão usando a criatividade para chegar até esse ponto da campanha. “É uma diferença gritante, a gente tem que usar da criatividade, do corpo a corpo, mais do que nunca, Todos os nossos candidatos são da militância orgânica. Isso faz com que o candidato vá mais para rua, entre em contato maior com o eleitor”, declarou Henrique.
Lista da corrupção
Gustavo Henrique falou ainda que já foi vítima de assédio eleitoral é que ele também foi vítima. “A lista seria de representantes de alguns candidatos que se colocam à disposição de determinados tipos de eleitor, uma condição financeira para votar em determinados candidatos. Isso tem trazido grandes prejuízos. É crime vender e comprar voto. Você não tem, de fato, um vereador. Dos vereadores de mandato atualmente, uma parte não anda pela cidade. Uma parte não fiscaliza a prestação de serviço do município”, criticou Gustavo Henrique.
Culpa do eleitor
O candidato a vereador apontou a culpa do eleitor no processo de corrupção em todo processo eleitoral. Ele afirmou que esse tipo de prática encarece ainda mais cada pleito. “Transformaram o dia da eleição em quase um Carnaval, trocando o voto por uma cerveja, por uma conta de água, de luz, por uma cesta básica que não vai resolver o problema. Tem pessoas morrendo à míngua hoje e praticamente ninguém, diz nada”, ponderou Henrique.
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