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Teresina - Piauí

Veja como atuava advogado preso pelo GAECO na Operação Fragmentado

Preso nesta terça (22), David Pereira de Sá é acusado de atuar em um esquema de tráfico de drogas.

O promotor Cláudio Soeiro, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), concedeu entrevista exclusiva ao GP1 na manhã desta terça-feira (22), após a deflagração da segunda fase da Operação Fragmentado, que resultou na prisão de quatro pessoas em Teresina. O representante do Ministério Público detalhou a participação do advogado David Pereira de Sá, um dos presos, no esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro liderado por Vagner da Silva Carvalho.

Vagner Carvalho está preso desde março deste ano, porém, segundo as autoridades, continuou comandado o esquema de tráfico de drogas dentro da cadeia, distribuindo grandes quantidades de entorpecentes por toda a cidade. As investigações revelaram que, fora da prisão, os “negócios” foram assumidos por Vitória de Oliveira Marinho, namorada de Vagner, com ajuda do advogado David Pereira, que intermediava a comunicação do casal.


Foto: Reprodução/Redes SociaisDavid Pereira de Sá
Advogado David Pereira de Sá

“Com a prisão do Vagner, a Vitória, namorada dele, passou a gerenciar essa parte. O advogado que foi preso se associou ao Vagner, porque era a partir dele que vinham as ordens do Vagner de dentro da prisão para fora, para a Vitória e para outras pessoas que ajudavam nesse serviço de venda de drogas”, explicou o promotor Cláudio Soeiro.

Advogado também transportou dinheiro

Foto: Lucas Dias/GP1Promotor de Justiça Cláudio Soeiro
Promotor de Justiça Cláudio Soeiro

Ainda de acordo com o representante do Gaeco, David Pereira chegou a transportar dinheiro do tráfico por ordem de Vagner. “Chegou a um ponto inclusive de o advogado chegar a trazer o dinheiro do Vagner da venda da droga e entregar para a Vitória. Ele não só levava as ordens, mas também chegou a trazer o dinheiro ilícito da venda de drogas para entregar para a Vitória, namorada do Vagner”, revelou.

Outros alvos

Nesta fase da operação, foram expedidos três mandados de prisão preventiva, em desfavor de David Pereira, Vitor Manuel de Franca Melo, e Ronaldo Barbosa Silva Filho. As equipes de polícia coordenadas pelo delegado Luciano Alcântara conseguiram prender David e Vitor, enquanto Ronaldo não foi localizado. No endereço dele, estavam sua mãe e irmã, flagradas com drogas, razão pela qual foram presas em flagrante.

Foto: ReproduçãoVagner da Silva Carvalho e Vitória Oliveira Marinho
Vagner da Silva Carvalho e Vitória Oliveira Marinho

De acordo com as investigações, Vitor Manuel era amigo de Vitória e atuava na lavagem do dinheiro oriundo do tráfico. “Para poder dificultar a localização do dinheiro do tráfico, a Vitória chegou a pedir para esses amigos para colocar o dinheiro na conta deles e depois dizia quanto deveriam mandar. Então eles se associaram ao Vagner e a Vitória na gestão do dinheiro oriundo da venda de drogas”, esclareceu o promotor Cláudio Soeiro.

Foto: Lucas Dias/GP1Delegado Luciano Alcântara
Mandados de prisão foram cumpridos pelas equipes do delegado Luciano Alcântara

Já Ronaldo se dedicava ao comércio dos entorpecentes e ficou responsável por guardar a grande quantidade de drogas que estava em poder de Vagner quando ele foi preso, em março. “Esse outro traficante, que é o Ronaldo, ficou responsável por guardar a droga do Vagner, porque ele tinha uma grande quantidade de drogas quando foi preso e a Vitória não tinha como guardar isso, então ela pediu ajuda ao Ronaldo, e ele guardou”, disse o coordenador do Gaeco.

Grupo já movimentou mais de R$ 1 milhão

Por fim, o promotor Cláudio Soeiro revelou que o grupo liderado por Vagner Carvalho já movimentou mais de R$ 1 milhão. “Foi uma crescente. Em 2022 foi algo em torno de uns 800 mil, em 2023, mais de um milhão transitou entre de crédito e débito nas contas deles, era um volume grande de dinheiro que circulava. Em 2024 já deu uma caída porque o Vagner foi preso em março e agora tivemos a prisão da Vitória também, então deu uma diminuída”, concluiu.

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