O Ministério Público do Piauí (MPPI) denunciou o falso policial federal Kellvin Peterson Freitas Silva na última segunda (27), pelo crime de tráfico de drogas. Ele foi preso no dia 10 de outubro de 2024 em um condomínio de quitinetes na zona leste de Teresina, durante uma operação do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (DENARC), que culminou com a apreensão de skunk, haxixe, balança de precisão, arma de fogo e R$ 4 mil em dinheiro.
Conforme a denúncia, assinada pela promotora Ana Cecília Rosário Ribeiro, os entorpecentes encontrados na residência do acusado estavam embalados em sacos plásticos pequenos, característico do comércio de drogas. Para a representante ministerial, a autoria e materialidade do delito foram comprovadas principalmente pelo laudo pericial dos materiais apreendidos, que atestaram a natureza dos entorpecentes.
No dia do flagrante, o falso policial federal foi submetido a interrogatório, ocasião em que afirmou que as drogas encontradas em seu domicílio eram para uso próprio. Entretanto, após extração de dados telemáticos do aparelho celular de Kellvin Peterson Silva, as autoridades confirmaram que, na realidade, ele comercializava o material pelo Whatsapp.
Diante do exposto, a promotora Ana Cecília Rosário fundamentou que o acusado está incurso nas sanções relacionadas ao tráfico de drogas. Nesse sentido, ela requereu que o acusado respondesse a denúncia no prazo de dez dias após notificado, assim como o recebimento da denúncia e incineração dos entorpecentes apreendidos.
Acusado é monitorado por tornozeleira
Dois dias após a prisão de Kellvin Peterson no dia 10 de outubro de 2024, o juiz Caio Cezar Carvalho de Araújo determinou que o acusado fosse solto com comprimento de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica. Com isso, o falso policial foi solto no dia 12 de outubro.
Para o magistrado, a liberdade do acusado não representa risco á garantia da ordem pública. “Os elementos presentes nos autos denotam a prática do tráfico ilícito de entorpecentes por parte do autuado. No entanto, suas condições pessoais são favoráveis, pois ele é tecnicamente primário e não há indícios de que, solto, ele volte a cometer crimes. Durante a abordagem policial, Kellvin Peterson não ofereceu resistência, foi solícito e colaborou, inclusive, indicando onde estavam os entorpecentes”, afirmou o juiz.
Entenda o caso
O falso policial se tornou alvo de investigações do DENARC após denúncias anônimas indicarem a prática de tráfico de drogas na residência em que ele morava. Logo que foram identificados indícios que ligassem o envolvimento de Kellvin Peterson com a atividade ilícita, foi deferido a ordem de busca e apreensão, que permitiu o flagrante e prisão do acusado.
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