Lívia Pessoa
Carolina Matta
Leonor Evaristo
A viatura lilás começou a circular nas ruas neste sábado (11) durante o Corso de Teresina 2023, para reforçar a segurança das mulheres durante o evento. Já instituída nas polícias do Pará e Pernambuco, a viatura foi instituída após discussões de grupo de trabalho entre a Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSPPI), Diretoria de Defesa Social e a Secretaria da Mulher, visando o combate à violência contra a mulher. O veículo possui outra peculiaridade, é guiado por policiais mulheres.
Com a estreia no Corso de Teresina, a viatura simboliza uma medida para o combate à importunação sexual contra as mulheres. O secretário de segurança, Chico Lucas, afirmou que o novo protocolo prestará atendimento em grandes eventos e festas, para que a integridade da mulher seja respeitada.
“A viatura lilás faz parte desse projeto para que a importunação sexual seja tratada com seriedade. A mulher que vier para uma festa como essa tem que ser respeitada, a vontade dela tem que prevalecer. O homem que importunar vai ser carregado, algemado e levado por mulheres na viatura lilás”, afirma o secretário.
Para a tentente-coronel Elizete, diretora de defesa social da SSPPI, disse que o veículo também representa uma punição social ao agressor. “Se todo mundo já sabe que aquela viatura lilás é para atender violência contra a mulher, assim que ela entrar em uma rua vão saber que ali tem um agressor de mulheres. A partir daí começa a punição social”, declarou.
Escolha da cor
Ela também explica que a cor não foi escolhida por acaso, visto que representa o símbolo da luta por direitos iguais em todo o mundo. O lilás também remete a um acontecimento histórico, do dia 8 de março de 1857, quando 130 operárias foram assassinadas em uma fábrica têxtil na cidade de Nova York.
As trabalhadoras estavam mobilizadas para cobrar igualdade na política e melhores condições de trabalho quando foram mortas. “O lilás faz referência a luta das mulheres por direitos iguais nos Estados Unidos, onde as mulheres estavam tingindo tecido com lilás em uma fábrica quando elas foram assassinadas. Essa cor virou símbolo do movimento feminista mundial”, ressalta Coronel Elizete.
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