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Parnaíba - Piauí

Após matéria do GP1, HEDA instaura sindicância para apurar morte de bebê

Bebê morreu na barriga da mãe, a jovem Maria Elizete, que demorou para ser atendida na unidade de saúde.

O diretor geral do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), Daniel Miranda Cardoso, instaurou sindicância administrativa no dia 26 de julho, a fim de investigar a morte de um bebê na barriga da mãe, que demorou a ser atendida na unidade de saúde situada em Parnaíba, caso reportado pelo GP1 em 22 de julho, um dia após o ocorrido.

De acordo com a portaria assinada pelo diretor, o objetivo da sindicância administrativa é “apurar a ocorrência de eventuais responsabilidades funcionais de servidores” acerca dos fatos que envolveram o atendimento à gestante Maria Elizete dos Santos nas dependências do hospital.


Na portaria, o diretor do HEDA ressaltou que tomou conhecimento do caso através da reportagem do GP1, e anexou link da matéria.

Daniel Miranda Cardoso designou três enfermeiras efetivas para integrarem a comissão de sindicância, que terá prazo de 30 dias para conclusão dos trabalhos e emissão do relatório final.

Entenda o caso

Maria Elizete dos Santos enfrentava uma gravidez de risco e se dirigiu ao HEDA sentindo fortes dores por vários dias, segundo relato de sua tia, Maria Antônia. “Ela foi ao hospital, quando chegou lá o médico falou que não sentiu as batidas do coração da criança e disse que era para ir no outro dia fazer uma ultrassom para saber como é que estava o bebê. Então quando ela foi fazer a ultrassom nessa quinta-feira, 21, viram que o bebê estava morto, foi arriscado até dar um problema nela. Eles sabiam que a gravidez era de risco porque estava no ultrassom dela”, detalhou a tia em entrevista ao GP1 no dia 22.

Ainda segundo Maria Antônia, os médicos não queriam fazer a cirurgia para retirar o bebê morto, mas depois de muita insistência o procedimento foi realizado. “Foi uma burocracia para fazerem a cirurgia dela, nem os médicos queriam se responsabilizar. Graças a Deus ela está bem, não sentiu mais nada. Tive que fazer um vídeo ao vivo nas redes sociais, dizendo que ia levar a polícia. Não queriam operar ela de manhã. Não é o primeiro caso, eu não quero prejudicar ninguém, só quero que não seja mais um caso, quero que o Ministério Público procure saber o que aconteceu, porque o médico mandou ela ir embora com dor e ocorreu a morte da bebezinha, quero que eles entrem em contato com a gente para dar um esclarecimento. Meu sentimento não é só de tristeza, é de raiva”, disse a tia de Maria Elizete.

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