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Teresina - Piauí

Defesa recua e desiste de reconstituição do assassinato de Anael e Luian

O juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto, da 1ª Vara do Tribunal Popular, acatou o pedido da defesa.

O juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto, da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri de Teresina, atendeu pedido de desistência da reprodução simulada feito pela defesa do dono do Frango Potiguar, João Paulo de Carvalho Gonçalves Rodrigues e dos advogados Guilherme de Carvalho Gonçalves Sousa e Francisco das Chagas Sousa. A decisão é desta quarta-feira (25).

A defesa também desistiu da perícia no local onde os corpos das vítimas foram encontrados. Eles são acusados do assassinato dos adolescentes Anael Natan Colins Souza da Silva, 17 anos, e Luian Ribeiro de Oliveira, de 16 anos, em novembro do ano passado, em Teresina.


Foto: GP1João Paulo de Carvalho, Guilherme de Carvalho e Francisco das Chagas Sousa
João Paulo de Carvalho, Guilherme de Carvalho e Francisco das Chagas Sousa

O Ministério Público do Estado do Piauí não se opôs quanto ao pleito de desistência. O juiz então determinou envio de ofício ao Instituto de Criminalística e à autoridade policial, responsável pelas investigações para que suspendam as providências relacionadas às referidas diligências.

O pedido de reprodução simulada dos fatos havia sido feito pelos advogados da defesa com o argumento de que se tratava de um caso complexo, sendo a diligência necessária para esclarecer a sequência de atos e fatos da suposta prática delituosa, bem como verificar a compatibilização com as provas colhidas no inquérito policial.

O delegado Barêtta, diretor do DHPP, já havia sido notificado sobre a realização da reconstituição.

Entenda o caso

Luian Oliveira e Anael Colins desapareceram na madrugada do dia 13 de novembro 2021. Os pais dos garotos chegaram a procurar o GP1 pedindo ajuda para localizá-los, no entanto, no dia 15 de novembro os dois foram encontrados mortos, em um matagal próximo à rodovia PI 112, no Povoado Anajás, zona rural leste de Teresina.

Foto: Reprodução/WhatsAppLuian Ribeiro de Oliveira e Anael Natan Colins Souza da Silva
Luian Ribeiro de Oliveira e Anael Natan Colins Souza da Silva

Os rapazes eram amigos, moravam no Planalto Uruguai, zona leste da capital, e costumavam sair juntos. No último dia em que foram vistos, eles saíram em uma motocicleta para um bar, depois seguiram para um depósito de bebidas, na Avenida Dom Severino, e teriam ido a um sítio, onde estava acontecendo uma festa.

No decorrer das investigações, a Polícia Civil chegou nos nomes de João Paulo, Guilherme de Carvalho e Francisco das Chagas. Nos depoimentos, após algumas contradições, finalmente João Paulo admitiu que Guilherme atirou os dois garotos com uma arma de sua propriedade.

Jovens queriam entrar em festa quando foram mortos

O delegado Barêtta, diretor do DHPP, afirmou no dia 08 de fevereiro, em entrevista ao GP1, que os adolescentes só queriam entrar em uma festa que estava sendo realizada em um sítio ao lado da propriedade de Francisco das Chagas. Por isso, os rapazes entraram no local, onde foram capturados e logo em seguida torturados e executados.

“Eles chegaram na festa e não tinham o dinheiro completo para pagar a entrada dos dois. Então, eles olharam e viram que a propriedade ao lado do evento, onde o fato aconteceu, tinha uma parte do muro baixo, então, eles entraram lá para acessar a festa pulando pelo muro, quando os cachorros que estavam na propriedade começaram a latir e a presença deles foi percebida. Nesse momento eles foram capturados e torturados”, contou o delegado à época.

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