Fábio Wellington
Os motoristas e cobradores de ônibus de Teresina se reuniram na tarde desta sexta-feira (08), e decidiram aceitar parte da proposta feita pelo Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut), para encerrar com a greve no transporte público da Capital.
Segundo Antônio Cardoso, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro), os empresários apresentaram uma proposta salarial abaixo do valor de mercado, mas a categoria resolveu aceitar o valor proposto. Ficou acordado que o vencimento dos motoristas será de R$ 2 mil, dos cobradores R$ 1.231, e do fiscais R$ 1.325. Com um tíquete alimentação de R$ 150 e auxílio saúde de R$ 50. Porém, a categoria informou que só retornará ao trabalho após a assinatura do dissídio coletivo.
“Aceitamos esse valor, mas o que fizemos foi a mesma coisa que cometer um suicídio. Aceitamos a proposta do Setut porque não temos outra saída. Aceitamos a questão salarial, mas a proposta do Setut também quer começar a extinguir a categoria de cobrador, e isso nós não vamos aceitar, se não retirarem essa cláusula da proposta de acordo, manteremos a greve”, detalhou o presidente.
Desembargadora determina retorno imediato do transporte público
A desembargadora Liana Chaib, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), determinou o retornou imediato dos motoristas e cobradores de ônibus de Teresina ao trabalho. Em caso de descumprimento da decisão judicial o Sintetro terá que desembolsar R$ 50 mil por cada dia não trabalhado.
Liana Chaib deu um prazo de 24h para que a categoria retorne com o funcionamento de 70% dos ônibus em horário de pico. Ela determinou ainda que um oficial de Justiça fiscalize as garagens das empresas de ônibus para garantir que ninguém impeça os veículos de saírem do local.
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