O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), com o apoio do Corpo de Bombeiros do Piauí, encontrou o corpo de Alderlan Ferreira da Silva, 27 anos, nesta terça-feira, 1º de novembro. A suspeita é que ele tenha sido assassinado no último dia 19 de outubro e teve o cadáver jogado em um poço desativado, localizado ao lado de um aterro sanitário no Parque Jacinta, zona sul de Teresina.
Para encontrar o corpo da vítima, as equipes do DHPP e do Corpo de Bombeiros usaram uma retroescavadeira, que avançou cerca de cinco metros de profundidade no poço. Logo depois, foi necessária uma escavadeira hidráulica para assumir o restante da escavação no poço, com cerca de 15 metros de profundidade, em sua totalidade.
Segundo tenente Linhares, as equipes tiveram dificuldade para encontrar o corpo devido a diversas camadas de matérias que estavam obstruindo o poço. “A gente está há dias nesse trabalho incansável, revezando as equipes de plantões e conseguimos localizar o corpo depois de cavar várias camadas de entulho que estava dentro do poço. Um trabalho de formiguinha, um trabalho manual, uma remoção do líquido, da parte sólida, até encontrar o corpo. Nós tivemos camadas de barro, camada de capim, duas lonas e mais material sólido, a medida que a gente ia cavando, ia aparecendo mais material sólido, como piçarra”, detalhou o tenente.
De acordo com Lourival Neto, investigador do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), a dificuldade para encontrar o corpo fez com que outras equipes desconfiassem da veracidade da investigação.
“Ele foi executado pelo Tribunal do Crime. Eles decretaram ali a morte dele imediata, porque ele estava na festa e não era do setor da 'Quebrada', acharam que ele podia ser um infiltrado que estava ali para passar informes para outras facções, mas não tem nada a ver, o rapaz não sabia de nada, era trabalhador. Desde o começo a gente estava ligado aqui e eu vi que algumas pessoas não estavam acreditando na investigação dos policiais da equipe DHPP-Sul, mas chegamos no final da história e no final do poço estava o corpo mesmo”, destacou ao GP1.
Um levantamento feito pelos investigadores da Polícia Civil mostrou que o rastreador da motocicleta de Alderlan Ferreira da Silva acusou que o veículo esteve no mesmo local onde o corpo havia sido desovado. Na última quinta-feira (20), a moto foi localizada no Parque Rodoviário, com vestígios de sangue e já na sexta-feira (21) novas informações surgiram, dando conta que o corpo, de fato, teria sido desovado em um terreno próximo ao lixão.
Os trabalhos com a escavadeira continuaram até esta segunda-feira (31), quando os bombeiros assumiram de vez a operação para encontrar o corpo de Alderlan Ferreira da Silva.
Entenda o caso
Alderlan Ferreira da Silva, de 27 anos, desapareceu na madrugada da última quarta-feira (19), após se envolver em uma briga, e sua família entrou em desespero atrás de notícias sobre o paradeiro do jovem. Segundo a mãe, Elisângela, Alderlan foi visto pela última vez em um bar localizado na Vila Dagmar Maza, após se envolver em uma briga com um grupo de pessoas.
“Ele foi para uma seresta em um bar na Vila Dagmar Maza, próximo do lixão, e lá conheceu uma moça. Ele ficou com essa moça e teve uma briga com outra mulher, que também queria ficar com ele. Um amigo dele viu e trouxe ele até aqui próximo ao Promorar, mas uma delas ligou e pediu para ele voltar. Quando ele voltou, esse amigo relatou que ele se envolveu em uma briga com um grupo de pessoas e ouviu uns tiros. Desde então estou nessa angústia, pedindo ajuda [para encontrar o corpo do filho]”, relatou Elisângela, desesperada.
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