O vereador Dudu (PT), presidente da CPI do Transporte Público de Teresina, defendeu nesta quinta-feira (08) que seja feita uma “devassa” tanto no Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) quanto no Consórcio Operacional SITT, que é responsável pelo transporte dos passageiros urbanos da Capital.
“Aqui temos todas as informações que nós pedimos, tanto para as empresas como para o poder público, mas ainda falta chegar mais. Temos muita coisa. Nós começamos agora e cada vez que a gente começa aprofundar mais a leitura dos documentos, a minha opinião pessoal se cristaliza mais ainda para que se faça uma auditoria da Secretaria de Finanças tanto do SETUT quanto do SITT, porque o SITT que é o órgão que é para controlar os consórcios da cidade, os que executam a solicitação e que delegou todos os poderes (administrativo, financeiros, representativos) para o SETUT”, afirmou o vereador Dudu.
Sobre o fato do SITT ter repassado atribuições para o Setut, Dudu declarou que não existiu uma transferência de poderes juntos aos órgãos competentes. “O Setut não é um representante legal pelo contrato, pela licitação junto à prefeitura. Foi feita simplesmente uma ata, entre eles, assinada no cartório, nada mais do que isso. Não tem transferência de poderes juntos às entidades e órgãos públicos e uma ata interna virou um documento onde o Setut é o que fala ao máximo, isso está errado e eu vou pedir para a Secretaria de Finanças fazer essa devassa”, completou o parlamentar.
“Tudo o que foi negociado ao longo desses cinco anos quem falou foi o Setut e tudo foi repassado através de negociações do Setut, e eu percebo que aí há sim uma forma, que se não é ilegal, no mínimo é imoral. Mas, pelo que nós temos analisado aqui, é onde a licitação dizia que tinha que acontecer”, declarou o vereador Dudu.
Quebra de sigilo
Dudu também não descartou a possibilidade de pedir a quebra do sigilo bancário das empresas de ônibus. “Nós vamos estar analisando os dados bancários e, se eu sentir que aqui não tem as informações que a gente quer, onde o dinheiro público entrou e onde ele saiu, poderemos pedir outras ações, inclusive, a quebra de sigilo. Mas, eu espero que essas informações estejam aqui, porque nós pedimos elas oficialmente, nós já mandamos mais de cem ofícios de pedidos de informações e vamos continuar assim”, ressaltou o parlamentar.
Prorrogação do tempo de trabalho da CPI
O vereador garantiu ainda que vai trabalhar para que o relatório seja concluído antes do prazo legal, que são 120 dias. “Posso garantir ao povo de Teresina, são 120 dias, no dia 11 completamos dois meses de CPI, e garanto que vamos aqui nos debruçar para entregar este relatório antes do prazo, é um compromisso que a gente tem e nós vamos trabalhar muito, não vamos ter recesso para que a gente apresente”, reforçou.
“Eu dizia lá atrás, quando assumi o compromisso de estar presidindo a CPI que iria apresentar ao povo de Teresina, à Câmara Municipal, à CPI e a todos uma saída, e cada vez mais eu tenho a convicção de que nós vamos apresentar uma saída definitiva para o transporte público dessa cidade, para que a gente tenha transporte de qualidade”, assegurou.
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