A juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri, determinou que Maria Lúcia Pinheiro de Melo Santos seja submetida a julgamento pelo Júri Popular, acusada de matar sua vizinha, Ana Lopes Neta, a facadas no dia 25 de setembro de 2020, no conjunto Taquari, zona leste de Teresina. A sentença de pronúncia foi dada nessa segunda-feira (28).
Ela será julgada pelo crime de homicídio duplamente qualificado (por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima).
O Ministério Público do Estado do Piauí requereu a pronúncia alegando que a “materialidade do fato se encontra comprovada nos autos e que existem indícios suficientes que apontam para a acusada a autoria da conduta descrita na denúncia, bem como há lastro probatório que ampara a manutenção das qualificadoras”.
A juíza então pronunciou a acusada e manteve sua liberdade com o cumprimento da medida cautelar de comparecimento mensal em juízo para dizer e justificar suas atividades.
Relembre o caso
Ana Lopes Neta, de 59 anos, morreu após ter sido esfaqueada enquanto caminhava na manhã do dia 25 de setembro de 2020, no conjunto Taquari, zona leste de Teresina.
Ana era comerciante e estava voltando de uma feira quando passou pela quadra D do conjunto e foi abordada pela suspeita. A princípio, houve uma discussão e logo depois a vítima foi perfurada por uma faca. Ana Lopes ainda chegou a percorrer cerca de 30 metros, mas não resistiu aos ferimentos e morreu em uma calçada.
Histórico de ameaças
No dia do crime, moradores relataram que dona Ana já vinha sofrendo ameaças da acusada. Eles alegaram inclusive que a vítima já havia registrado boletins de ocorrência contra a suspeita por agressões.
“Eu sou cliente da dona Ana e ela vinha se queixando há muito tempo dessa confusão. Essa outra mulher dava nela, jogava coisa em cima da casa dela. Na semana passada, essa senhora que matou dona Ana jogou carne podre, tudo quanto é de lixo em cima da casa dela. Ela já tinha registrado vários boletins, já sofria perseguição há muito tempo, dona Ana estava morrendo de medo. Na segunda-feira ela chegou a furar a cabeça dela com um balde enquanto ela limpava a calçada”, disse Alderina Reis, amiga da vítima.
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