A juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, da 2ª Vara Popular do Júri da Comarca de Teresina, aceitou denúncia do Ministério Público do Piauí contra Maria Lúcia Pinheiro de Melo Santos, que se tornou ré na Justiça acusada de matar sua vizinha, Ana Lopes Neta, a facadas no dia 25 de setembro deste ano, no conjunto Taquari, zona leste de Teresina. A decisão foi proferida no último dia 25 de novembro.
Segundo a magistrada, a denúncia do órgão se encontra instruída apresentando materialidade do delito, laudo cadavérico da vítima, exame pericial e depoimentos de testemunhas. Contudo, o caso contribui para a amplitude de defesa da ré.
- Foto: Alef Leão/ GP1Mulher é presa acusada de matar vizinha
Ainda na decisão, a juíza analisou a prisão da acusada e negou o pedido de soltura feito pela defesa. “A segregação cautelar da acusada está lastreada em elementos concretos, extraídos das circunstâncias e provas colhidas durante a investigação policial, as quais justificam, satisfatoriamente, a presença dos requisitos exigidos pelos arts. 312 e 313 do CPP, haja vista a existência de indícios de autoria e prova da materialidade do delito supostamente perpetrado pela acusada. Por outro lado, a periculosidade da acusada está evidenciada pelo modus operandi empregado no cometimento do delito, o que aponta para a necessidade da custódia cautelar, especialmente, para garantir a ordem pública”, destacou.
Relembre o caso
Uma mulher identificada como Ana Lopes Neta, de 59 anos, morreu após ter sido esfaqueada enquanto caminhava na manhã de quinta-feira, 25 de setembro deste ano, no conjunto Taquari, zona leste de Teresina. A principal suspeita do crime é uma vizinha da vítima de 57 anos que desferiu dois golpes de faca na região do ombro da mulher.
Ana Lopes era comerciante e estava voltando de uma feira quando passou pela quadra D do conjunto e foi abordada pela suspeita. A princípio, houve uma discussão e logo depois a vítima foi perfurada por uma faca. Ana Lopes ainda chegou a percorrer cerca de 30 metros, mas não resistiu aos ferimentos e morreu em uma calçada.
Histórico de ameaças
No dia do crime, moradores relataram que dona Ana já vinha sofrendo ameaças da acusada. Eles alegaram inclusive que a vítima já havia registrado boletins de ocorrência contra a suspeita por agressões.
“Eu sou cliente da dona Ana e ela vinha se queixando há muito tempo dessa confusão. Essa outra mulher dava nela, jogava coisa em cima da casa dela. Na semana passada, essa senhora que matou dona Ana jogou carne podre, tudo quanto é de lixo em cima da casa dela. Ela já tinha registrado vários boletins, já sofria perseguição há muito tempo, dona Ana estava morrendo de medo. Na segunda-feira ela chegou a furar a cabeça dela com um balde enquanto ela limpava a calçada”, disse Alderina Reis, amiga da vítima.
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