A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta segunda-feira (24), a “Operação Múltiplas Faces” e cumpriu três mandados de prisão temporária e três de busca e apreensão com o objetivo de reprimir crimes previdenciários em Teresina. A operação contou com o apoio da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT), da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
De acordo com a Polícia Federal, as investigações iniciaram a partir de duas prisões em flagrante que foram realizadas em agências da Caixa Econômica Federal nos dias 01 e 13 de maio, em Teresina. As prisões apontaram para a existência de uma associação criminosa formada por três mulheres que, mediante falsificação de documentos, se passavam por segurados do INSS.
As acusadas realizavam transferências de benefícios previdenciários e conseguiam realizar saques e empréstimos consignados nos benefícios dos verdadeiros segurados. Até o momento, a polícia identificou fraude em 17 benefícios, com prejuízo efetivo de cerca de R$ 2,7 milhões. O valor do prejuízo evitado, levando-se em consideração a expectativa de vida média da população brasileira, é de aproximadamente R$ 8,5 milhões.
Ao todo, 14 policiais federais participaram da operação. Foram cumpridos seis mandados judiciais, sendo três de prisões temporárias e três de busca e apreensão, todos expedidos pelo Juízo da 3ª Vara Federal de Teresina.
As mulheres devem responder pelos crimes de estelionato qualificado (Art. 171, §3º), associação criminosa (Art. 288), falsidade ideológica (Art. 299) e uso de documento falso (Art. 304). As penas penas máximas acumuladas podem chegar a 20 anos de prisão.
Múltiplas Faces
O nome da Operação é uma referência ao fato das investigadas assumirem diversas outras identidades para possibilitar a fraude aos cofres da União.
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